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Com aversão a riscos, Ibovespa fecha em queda de 1,79% e dólar sobe a R$ 5,15

Principal índice da B3 encerrou no menor patamar em 4 meses, aos 103.250,02 pontos


cnn

Publicada em: 09/05/2022 16:58:52 - Atualizado

O Ibovespa encerrou em queda de 1,79%, aos 103.250,02 pontos, nesta segunda-feira (9), prejudicado pela cautela no mercado. O índice renovou as mínimas e terminou no menor patamar em quase 4 meses, quando bateu 101.945 pontos, em 10 de janeiro. Na data, o benchmark fechou no azul após as commodities ficarem em alta.

Dentre os principais setores do índice ao longo do dia, papéis ligados a commodities caíram, enquanto os de bancos avançam, aliviando parte do recuo na sessão.

Por sua vez, o dólar subiu 1,62%, cotado a R$ 5,155, refletindo uma disseminação do pessimismo entre investidores em relação à economia global e uma aversão a riscos. Sinalizações de altas de juros pelo Federal Reserve na casa dos 0,5 p.p. na última semana e o dado fraco de exportações da China aumentaram os temores de uma desaceleração econômica.

O Banco Central fez neste pregão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2022. Especialistas entrevistados pelo site apontam que o movimento do BC, que acontece desde 6 de abril, pode ajudar a dar liquidez na moeda.

O foco do mercado nesta semana está na divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI na sigla em inglês) dos Estados Unidos referente a abril, um indicador de inflação importante que deve dar mais pistas sobre os próximos passos do ciclo de alta de juros no país.

Já no Brasil, o evento mais importante será a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, a medida oficial de inflação do Banco Central. Com o dado, o mercado espera ter mais clareza sobre a próxima alta de juros já sinalizada pela autarquia, e se ela realmente encerrará o ciclo iniciado em 2021.

Tanto em relação ao dado brasileiro quanto ao norte-americano, o mercado buscará sinais sobre um possível pico de inflação, o que facilitaria, no caso brasileiro, o fim do ciclo de alta de juros com uma elevação menor em junho e, no dos Estados Unidos, altas menores nas próximas reuniões, impactando menos a atividade econômica.

Na semana anterior, o dólar avançou 2,63%, fechando na sexta-feira (6) aos R$ 5,073. Já o Ibovespa teve uma queda semanal de 2,54%, chegando aos 105.134 pontos.

Pessimismo global

O instigador mais recente da aversão global a riscos foi a alta de juros nos Estados Unidos, anunciada pelo Federal Reserve na quarta-feira (4). Apesar de descartar altas de 0,75 p.p. ou um risco de recessão, a autarquia sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança, mas prejudica as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Junto com uma série de elevações de juros pelo mundo, os lockdowns na China para tentar conter a Covid-19 aumentam as projeções de uma forte desaceleração econômica, prejudicando os mercados.

Petróleo e China

A guerra na Ucrânia e seus efeitos inflacionários com disrupções de cadeias e sanções, em especial em commodities como o petróleo, também agravam o quadro. Após a União Europeia anunciar um plano para proibir as importações de óleo russo, o petróleo voltou a superar a casa dos US$ 110 o barril.

Nesta segunda-feira (9), porém, o petróleo WTI encerrou a US$ 103,09, com queda de 6,09%. Enquanto o brent terminou a US$ 105,94, com desvalorização de 5,74%. A cotação caiu após dados de exportações da China.


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