Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 2 de abril de 2025
BRASIl: O rapper Oruam concedeu uma entrevista franca ao jornalista Roberto Cabrini, da Record, e deu detalhes da sua relação com o pai, Marcinho VP, apontado como líder do Comando Vermelho. Ele também falou sobre outras polêmicas, como o fato de ter tatuado o rosto do traficante Elias Pereira da Silva, mais conhecido como Elias Maluco, responsável pela morte do jornalista Tim Lopes, da Globo.
Elias Maluco ostentava uma longa ficha policial, sendo acusado de crimes como tráfico e sequestro. Ele foi preso em setembro de 2002, quando Oruam tinha apenas 1 ano e seis meses de idade, e foi encontrado morto em 2020 dentro da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, a cerca de 476 quilômetros de Curitiba, onde cumpria pena.
Na entrevista exibida no Domingo Espetacular deste domingo (30/3), Oruam foi questionado por Cabrini sobre sua relação com o criminoso, a quem o rapper considera um “tio de coração”. O rapper afirmou que condena os erros de Elias Maluco, mas que, mesmo assim, mantém sentimentos carinhosos por ele.
“O que você falaria para as pessoas que te criticam pelo fato de você ter uma tatuagem do Elias Maluco, que cometeu um crime bárbaro contra o jornalista Tim Lopes?”, quis saber o jornalista. “Eu falo que eu não olho pro erro dele, sabe? Eu olho pra ele. O erro dele eu condeno, ele tá errado. Vou falar que ele tá certo? Ele tá errado. Mas eu amo ele, o que eu faço com ele?”, respondeu Oruam.
Na entrevista a Roberto Cabrini, Oruam detalhou sua relação com o pai, Marcinho VP. O rapper negou que o pai seja líder do Comando Vermelho e reforçou que foi educado para que levasse uma vida longe da criminalidade.
“Dizem que ele é o líder [do tráfico], mas na verdade ele nem é”, afirmou Oruam. “Meu pai me ensinou o caminho certo. Sabia que tinha que trabalhar, estudar, seguir o caminho certo. Não escolhi o pai que eu tenho. Se eu fosse escolher o pai que tenho, escolheria meu pai”, reforçou o rapper.