BRASIL - O influenciador digital Leo Picon foi criticado nas redes sociais depois de chamar de traficante uma criança, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, na terça-feira (31) (veja vídeo acima).

Nesta quarta-feira (1º), ele pediu desculpas por ter publicado o vídeo em que aborda o garoto no Instagram e disse que sua "intenção era criar conteúdo de humor, e não de ofender" .

A abordagem ocorreu quando o influenciador, que estava dentro de um carro, chamou a criança para pedir informações sobre como chegar em um clube de festas na cidade. "Vou mostrar como se habla espanhol com los traficantes de Recife", fala.

Em seguida, ele pergunta ao garoto onde fica o local para onde estava indo e agradece. Na legenda do story ele escreveu "Traficante de informaciones".

Rapidamente, as imagens causaram revolta nas redes sociais e, no Twitter, o nome Leo Picon se tornou um dos assuntos mais comentados.

Muitas pessoas criticaram, além da atitude de ter chamado um garoto de traficante, a exposição do rosto do menor de idade, feita pelo influenciador.

No Instagram, Leo Picon tem mais de 4,1 milhões de seguidores. Natural de São Paulo, ele ficou famoso como personalidade da internet e participou do reality show "De férias com o ex". Ele veio ao Recife para abrir um salão de beleza e café.

Também no Instagram, Leo Picon afirmou que reconheceu o erro depois de uma conversa com o humorista Whindersson Nunes, que o procurou. Ele disse, ainda, que a intenção não foi de ofender ninguém, mas de fazer uma piada.

"Eu estava a fim de criar conteúdo, de criar situações engraçadas e, dentro desse contexto, essa brincadeira não pegou bem. Num primeiro momento, eu quis me defender, mas após ter tempo para pensar, que é muito importante para tudo nessa vida; conversar com pessoas, também, assim como ele [Whindersson] conversou, reconhecer meu erro", afirmou.

Leo Picon disse, também, que a situação não reflete os valores dele. Esta não é a primeira vez que o influenciador de São Paulo se envolve em polêmicas.

Em abril, ele foi criticado por uma fala transfóbica, ao falar que já beijou um homem "sem saber que era uma trans" e que ficou triste "por ser enganado".

Pouco tempo depois, em junho, ele perguntou no Twitter "verdade que o Lázaro é uma 'fake news' para deixar as pessoas com medo de sair de casa e evitar a terceira onda?", referindo-se à perseguição ao homem que matou quatro pessoas no Distrito Federal.

"Me preocupei muito em explicar minhas intenções, mas é o que eu falei. Nem sempre os nossos resultados estão aliados com nossas intenções e, quando isso acontece, a gente tem que reavaliar, conversar com as pessoas e conversar com ele foi muito importante para mim", declarou.