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Detox nas sobrancelhas, como fez cantora Simaria, parece queimadura

Cantora sentiu muita dor durante a remoção da micropigmentação, mas há uma opção indolor e mais eficaz


R7

Publicada em: 20/10/2021 10:26:05 - Atualizado

BRASIL: A cantora Simaria passou por um procedimento estético chamado de detox nas sobrancelhas, que serve para remover a micropigmentação nos casos em que ela já está muito escura por causa do acúmulo de produtos na região. A sessão foi realizada na semana passada e, após a conclusão, a sertaneja deixou evidente que sentiu muita dor.

“Eu te xinguei de tudo que é nome. Por que a gente tem que sofrer tanto para ficar bonita? Não gosto disso, não é legal”, disse, ao conversar com seu esteticista, em vídeo publicado nas redes sociais.

O profissional não explicou como o processo foi realizado; disse apenas que iria "dar uma clareada com as técnicas de remoção". Entretanto, pelo fato de ter sido dolorido, a esteticista Bela Leirão, especialista em sobrancelhas há mais de dez anos, afirma que o mais provável é que o procedimento tenha sido feito com laser. De acordo com ela, a sensação nesse caso é de queimadura.

O esteticista de Simaria a avisou de que a região submetida ao detox ficaria vermelha e poderia haver a formação de bolhas, algo que ele descreveu como "absolutamente normal".

Bela diz que nunca realizou o detox com laser porque, além de dolorido, ele é incapaz de remover todas as cores presentes na micropgmentação: azul, vermelho e amarelo, as cores primárias.

As desvantagens do laser

Em vez do laser, Bela usa um produto chamado Retir, que contém ácidos próprios para fazer a despigmentação. "Eles fazem a remoção de dentro para fora da pele e despigmentam todas as cores que fazem parte da micropigmentação. O laser, ao contrário, só reconhece o azul, então não despigmenta o amarelo e o vermelho", explica.

Segundo ela, o laser pode esbranquiçar os pelos das sobrancelhas e tem uma agressividade de três a cinco vezes maior que o Retir. "A sensação é de queimar a sua pele com fogo", descreve. A especialista acrescenta que existe o risco de realmente ocorrer uma queimadura e, assim, causar lesões profundas se o processo não for realizado com um profissional qualificado.

Outra desvantagem é o tempo de cicatrização, que dura entre 20 e 40 dias, o que torna o processo de remoção do pigmento mais demorado.

Remoção mais eficaz, rápida e indolor

Quando a remoção é feita com Retir, a cicatrização dura no máximo 21 dias. "Depois desse período, a gente já pode fazer uma nova sessão e, durante esse intervalo. o produto continua expulsando o pigmento da pele", detalha Bela.

A recomendação dela é que a cliente feche um pacote com no mínimo três sessões de detox para que a remoção da micropigmentação seja completa, mas a maioria dos casos requer que o procedimento seja repetido seis vezes.

Cada sessão dura, no máximo, 40 minutos e é indolor, de acordo com Bela. Mas o procedimento é contraindicado para gestantes e pessoas que têm doenças autoimunes. "Lactantes podem realizar, mas com autorização do médico", destaca.

Cuidados após o procedimento

Nas primeiras 48 horas após a realização do processo, não é permitido aplicar nada no rosto, com exceção de um produto específico para a cicatrização. A lavagem do rosto deve ser feita apenas com água. Além disso, deve-se evitar tomar sol durante uma semana e não se expor ao calor excessivo, como o que vem de secadores e fornos, exemplifica a esteticista.

"Ele [Retir] não causa queimadura, mas se a pessoa não respeitar os cuidados recomendados e passar algum produto [no intervalo de 48 horas] pode dar alergia, e aí vai ter que entrar com medicamento", alerta Bela.


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