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    porto velho, segunda-feira 16 de setembro de 2024

Em '30', Adele vai além da 'deprê' com reflexões pós-divórcio e o som arrebatador de sempre

Disco após separação tem som orquestrado de trilha de filme e vai além do drama, com sentimentos variados


g1

Publicada em: 17/11/2021 11:17:35 - Atualizado

"30", quarto disco de Adele, não é o "álbum de divórcio" que muita gente esperava. O fim do casamento dela em 2019 parecia o material perfeito para a especialista em decepções amorosas. Mas ela parte da separação para refletir sobre si mesma e achar sonoridades e sentimentos mais variados.

Ela continua arrebatadora. O disco não tem o poder de "21" nem bate tão fácil de cara quanto "25". É reflexivo, tem faixas longas e alguns trechos propositalmente estranhos. Mas deve cumprir com louvor a expectativa comercial e artística. Em resumo, é bom, vai tocar demais e até vender vinis no Natal.

Pós-sofrência

Há um leve fio condutor de arranjos orquestrados de filmes antigos, que aparecem em várias faixas. Se fosse mesmo um filme, começaria no choque com o divórcio e seguiria com os dilemas de uma protagonista do tipo anti-heroína: a própria Adele, em busca de superar a sofrência.

O título de "30" é a idade que ela tinha ao compor as músicas em 2019 - agora ela já tem 33. Com letras "sinceronas", ela expõe frustrações consigo mesma, explica seus erros ao filho e tenta se encontrar na vida sozinha. Ela vai do pessimismo a momentos de Adele solteira, livre e leve na pista.

O primeiro álbum dela em seis anos sai nesta sexta-feira (19). Leia o faixa a faixa:

1 - "Strangers by Nature"

O disco começa com sua canção mais diferentona, que remete a Judy Garland e trilhas da era de ouro de Hollywood. Introspectiva, Adele canta sobre "levar flores para o cemitério do seu coração".

É uma parceria de Adele com o compositor sueco Ludwig Göransson, coautor de "This is America", de Childish Gambino, e da trilha de "Pantera Negra".

2 - "Easy on Me"

O primeiro single do álbum, que já tinha sido lançado, quebra o clima de estranheza da abertura e tem uma Adele mais familiar. A voz é intensa, mas não tem a explosão dos singles anteriores.

É a única faixa que ela parece cantar para o ex sobre o fim do casamento ("Eu não tive tempo de escolher o que escolhi"). É uma das várias composições dela com o antigo parceiro Greg Kurstin - sim, aquele acusado de plágio junto com ela pelo compositor de "Mulheres".



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