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Bolsonaristas usam Câmara para ampliar ofensiva contra apresentador Danilo Gentili

Desde o fim de semana, o filme lançado há cinco anos tornou-se alvo de críticas nas redes sociais por incentivar a pedofilia


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Publicada em: 15/03/2022 16:50:52 - Atualizado

Parlamentares bolsonaristas resolveram utilizar ferramentas da Câmara dos Deputados para ampliar a ofensiva contra o humorista Danilo Gentili.

Nos últimos dias, deputados aliados de Jair Bolsonaro apresentaram pelo menos três propostas envolvendo a polêmica em torno do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”.

Nesta terça-feira (15/3), o deputado Pinheirinho (PP/MG) pediu uma moção de repúdio da Câmara ao trecho da obra no qual o personagem interpretado por Fábio Porchat pede favores sexuais para dois adolescentes.

“Entendemos justa e necessária manifestação desta Câmara Federal, no sentido de rechaçar o incentivo à pedofilia, e assegurar a proteção das nossas crianças e adolescentes”, justificou no requerimento.

Já o deputado Dr. Jaziel (PL/CE), filiado ao partido de Bolsonaro, protocolou também nesta terça um requerimento ao ministro da Justiça, Anderson Torres, pedindo informações sobre a possível alteração da classificação indicativa.

Na segunda-feira (14/3), a deputada Policial Katia Sastre (PL/SP) fez uma indicação formal da Câmara ao Ministério da Justiça, solicitando a apuração e uma representação criminal contra os responsáveis pelo longa-metragem.

“Não se pode tolerar que reproduções ditas como artísticas violem direitos essenciais de crianças e adolescente, os quais já encontram proteção no ordenamento jurídico pátrio”, disse.

Entenda o caso

Desde o fim de semana, o filme lançado há cinco anos tornou-se alvo de críticas nas redes sociais por incentivar a pedofilia, na visão de muitos internautas.

Especialmente bolsonaristas mobilizaram as redes e ministros como Anderson Torres (Justiça) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) prometeram agir contra a película.

Nesta terça, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública determinou, em caráter cautelar, que as plataformas com direitos de distribuição do filme suspendam imediatamente sua exibição.

Se as empresas não cumprirem a decisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em cinco dias, podem ser penalizadas com multa diária de R$ 50 mil.


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