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porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
BRASIL - Luciana Gimenez usou os Stories do Instagram para falar sobre um assunto sério.
A apresentadora quis saber dos seguidores se eles já tinham sofrido algum tipo de abuso e abriu uma caixinha de perguntas.
Luciana se chocou com a quantidade de histórias que recebeu e decidiu desabafar: "Todo mundo olha para mim e acha que a minha vida é perfeita, então não é assim. Eu já fui... Eu já tive um relacionamento, não era amoroso, era outro tipo, mas era abusivo durante anos. E eu não sabia".
Ela compartilhou o que acredita ser o primeiro passo para buscar ajuda: "Então eu acho que o mais importante, se eu puder dar um conselho a vocês que estão me ouvindo, primeiro: a gente saber que está sofrendo abuso e entender isso na nossa cabeça e no nosso contexto. Muitas vezes a vítima não sabe. Na maioria das vezes. Não consegue nem discernir que está sofrendo abuso. Acha que ela é que está provocando, que ela é culpada, que ela fez algo de errado, tem vergonha de contar. Primeiro é discernir: 'Isso que está acontecendo comigo não é normal, eu estou sofrendo um abuso'. Seja psicológico ou físico, você tem que saber diferenciar".
Para a apresentadora, ter pessoas de confiança ao redor também é importante: "Sempre digo que tem que ter um amigo, um profissional que consiga te ajudar, te dar carinho, colo, um lugar para você ir se estiver sofrendo isso em sua casa. Procurar um profissional que possa te ajudar a ter uma visão macro da situação".
Luciana fez um apelo aos seguidores: "Se você souber de alguém que esteja indefeso sofrendo abuso... A gente tem que ficar de olho, tem que proteger as crianças e os mais fracos. Denuncie, ligue para a polícia. Não adianta ficar remediando, ligue para a polícia. Se tiver medo, ligue para disque denúncia, mas a sociedade precisa se unir contra a violência psicológica, sexual e moral. Chega, já deu".
A apresentadora ressaltou que as mudanças na sociedade precisam começar nos próprios indivíduos: "Eu estou aqui na luta, na batalha pelas mulheres e com as mulheres. Eu também estou mudando a maneira como eu ajo, porque esse machismo está em todas nós, mesmo não querendo. Então, a gente tem que trabalhar isso todos os dias para não errar, mas vamos errar em algum momento. Até sendo coniventes e não observando. Mas vamos tentar mudar nosso círculo, agir melhor. Nós mesmas. Não aceitando, pontuando, observando, vamos tentar mudar um pouco. A mudança vem da gente".