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porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024
Uma verdadeira palhaçada ocorreu no último sábado (4), na cidade de Guarantã do Norte (MT). A prefeitura organizou uma sequência de shows para comemorar seus 41 anos, e uma das grandes estrelas anunciadas em cartazes e outdoors espalhados pela cidade era a dupla Patati Patatá. Os palhaços subiram no palco, começaram a cantar e logo a criançada e seus pais perceberam que se tratavam de dois farsantes. Foi aí que o negócio ficou feio.
A plateia começou a vaiar os palhaços, que chegaram a apresentar somente quatro músicas do repertório dos originais. Percebendo a irritação da população, um porta-voz do prefeito Érico Stevan (DEM) subiu no palco e tentou acalmar as famílias que se sentiram enganadas.
"Levei até um susto quando entrei, com aquele monte de vaias", começou o porta-voz da prefeitura. Quero dizer para vocês rapidamente: falando com o prefeito municipal, o Érico, ele também está muito chateado, é claro. Esta é uma festa da família. O prefeito pediu para dizer o seguinte: que ele vai rever o contrato, o pagamento do Patati Patatá, que ele também achou uma falta de respeito. Então vamos mandar uma vaia bem calorosa para o Patati Patatá."
Discurso bonito, né? Mas se você pensa que a palhaçada toda foi armada pelos farsantes, aí é que mora o perigo. Quem tentou ludibriar o público, na verdade, foi a própria prefeitura de Guarantã do Norte, que tentou dar o "golpe" na Rinaldi Produções, empresa detentora da marca Patati Patatá, e tentou dar o verdadeiro jeitinho brasileiro. E agora o caso irá parar na Justiça.
"Portanto, ao anunciar um show aberto, em praça pública, nas festividades de 41 anos de Guarantã do Norte, a Prefeitura DESCUMPRIU completamente o contrato, que era para ser apenas uma entrega de livros em um ambiente escolar e para poucas pessoas. A P&P Editora está tomando todas as providências jurídicas cabíveis para responsabilizar os autores de toda esta confusão", disse a Rinaldi Produções.
Na nota, a empresa ainda reforça que no contrato não havia nenhum acordo que citava a realização de um show e que os atores enviados para a cerimônia de entrega dos livros apenas subiram no palco para reduzir uma possível frustração da população, sem o consentimento de seus empregadores e também sem o cenário e o balé que acompanham os palhaços originais.
"O Patati Patatá tem 37 anos de história e compromisso com as famílias brasileiras, e nunca houve um episódio como este em todo a sua história. Portanto, é inadmissível que a Prefeitura e os demais responsáveis tenham tido esta postura e conduta para com o Patati Patatá, e mais uma vez reafirmamos que tomaremos todas as providências jurídicas cabíveis", informou a empresa.
O agravante nesta história é o porta-voz do prefeito, que subiu no palco e pediu para a população vaiar os palhaços. Assista ao vídeo: