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Milton Nascimento inicia 'adeus' aos palcos com show emocionante no Rio de Janeiro

Show deste sábado no Rio foi uma prévia, para convidados e com cerca de 800 lugares vendidos exclusivamente por meio de NFTs


Correio Brasiliense

Publicada em: 13/06/2022 10:44:14 - Atualizado


BRASIL-O ícone da música brasileira Milton Nascimento, de 79 anos, iniciou sua turnê de despedida dos palcos no Rio de Janeiro, com um show emocionante e cheio de clássicos que também o levará para a Europa e Estados Unidos.

"Viver esse momento depois de 60 anos de carreira é a prova de que meus sonhos jamais envelheceram", disse o artista vencedor de cinco prêmios Grammy, aplaudido de pé por cerca de 1.200 pessoas no sábado, no auditório Cidade das Artes, na zona oeste do Rio.

A turnê "Milton Nascimento: A Última Sessão de Música" inclui 26 datas em cidades como São Paulo, Barcelona, Lisboa, Londres e Nova York.

O show deste sábado no Rio foi uma prévia, para convidados e com cerca de 800 lugares vendidos exclusivamente por meio de NFTs (tokens não fungíveis), ingresso que uma incluía arte digital assinada pelo artista.

Prestes a completar 80 anos, "Bituca", como é chamado carinhosamente, entrou em cena tocando sanfona, vestindo um manto amarelo bordado com estampas coloridas e a careca descoberta.

Acompanhado por sua banda com baixo, teclado, guitarras e percussão, revisitou os sucessos que o tornaram uma lenda viva da Música Popular Brasileira, com 42 álbuns lançados.

Este compositor e cantor de voz envolvente brilha há seis décadas nos palcos de todo o mundo com o seu estilo sincrético entre jazz, pop, música clássica e tradicional que o levou a colaborar com os mais conceituados artistas nacionais e internacionais.

Sentado, com a voz um pouco áspera pela idade, mas com o sorriso intacto, fez o público vibrar com músicas como "Maria Maria", "Canção da América", "Travessia" e "Bailes da vida".

"Quero agradecer a todos vocês por tornarem a minha vida tão linda", disse o ex-membro do Clube da Esquina, grupo que formou na década de 1960 com os irmãos Borges e outros músicos, considerado um dos principais movimentos musicais da história do Brasil e da América.

- Oportunidade "indescritível" -Rafael Speck, um de seus fãs, saiu emocionado.

"É emocionante porque a gente vê o quanto ele se esforça (..) Assim, claro, com a questão da idade, mas a gente vê que a energia dele continua e todo o talento dele", disse à AFP.

"É a última oportunidade de vê-lo em um palco. É algo indescritível", disse André Reis, que também estava no show.




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