• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, domingo 22 de setembro de 2024

Defesa de Krupp alega piora no estado de saúde e pede revogação de prisão

Pedido foi encaminhado à 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele foi preso no dia 3 de agosto, quando estava internado em um hospital no Méier.


G1

Publicada em: 22/08/2022 14:01:24 - Atualizado


BRASIL - A defesa do modelo Bruno Krupp, preso por atropelar e matar o estudante João Gabriel Cardim Guimarães na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, entrou com um pedido de revogação da previsão preventiva. A defesa pede que a medida seja suspensa ou substituída por medidas cautelares alternativas e destaca os problemas de saúde causados pelo acidente e a possibilidade de piora do quadro.

O pedido foi encaminhado à 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A defesa destaca todos os danos causados à saúde de Krupp, que está internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Entre eles estão: politrauma, necessidade de enxertia em membro superior, região abdominal e mãos; dependência de cadeira de rodas; ferida aberta com presença de secreção em parede abdominal; edema volumoso de articulação de joelho direto. O pedido acompanha fotos dos ferimentos do modelo.

Os advogados pedem ainda que os médicos da UPA informem a atual situação clínica do paciente para comprovar a complexidade da situação, assim como pedem também os prontuários das outras unidades de saúde pelas quais ele passou.

Bruno Krupp foi preso no dia 3 de agosto, quando estava internado em um hospital no Méier, na Zona Norte do Rio.

No documento, os advogados afirmam que, na noite do acidente, João atravessava com sinal verde para os automóveis e fora da faixa de pedestres na Avenida Lúcio Costa. Eles afirmam também que a via é vazia no horário e com alta incidência de roubos; “sobretudo a motociclistas, o que faz com que os motoristas habitualmente ultrapassem a velocidade permitida na via para garantir a própria segurança”, segundo um trecho do documento.

A defesa nega o dolo eventual, ou seja, que Bruno tenha aceitado o risco de atropelar alguém e ainda assim seguido em frente, mesmo estando em alta velocidade e não possuindo carteira de habilitação. Eles destacam que é um caso de culpa consciente, no qual Bruno conhece o risco, mas não acredita que possa acontecer o crime.

O limite de velocidade na via onde aconteceu o atropelamento é de 60 km/h. Uma testemunha afirmou que ele estava a mais de 150 km/h. Krupp chegou a ser parado em uma blitz três dias antes do acidente.

Medidas cautelares

Entre as medidas que a defesa sugere estão o recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, apreensão das chaves da moto usada no momento do acidente, proibição de acesso a lugares não frequentados por motivo de trabalho e tornozeleira eletrônica.

Os advogados de Bruno Krupp também alegam que o modelo não oferece risco e não teria motivos para seguir detido e chamam a prisão de “desproporcional”. Eles também alegam um excesso de prazo por ainda não ter sido oferecida a denúncia.

“Note-se que, no presente caso, o relatório final de investigação e a representação pela decretação da preventiva foram remetidos ao MPRJ em 02.08.2022. Até hoje, dia 15.08.2022, não houve o oferecimento de denúncia”, afirma o documento.


Fale conosco