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    porto velho, segunda-feira 23 de setembro de 2024

Scooby fala de documentário sobre sua vida e da relação com o pai e com Luana Piovani

— Eu já fiz muitos projetos com o OFF (como a série "Pedro vai pro mar"). Quando saí do "BBB", a gente conversou...


Anna Luiza Santiago

Publicada em: 19/09/2022 10:08:11 - Atualizado

BRASIL: "Espero que inspire as pessoas", diz Pedro Scooby sobre a série documental "A vida é irada, vamos curtir!", que estreará nesta terça-feira (20) no canal OFF. A produção, em quatro episódios, terá depoimentos de familiares, amigos e profissionais do surfe. Contará a história dele desde a infância em Curicica, bairro da Zona Oeste do Rio, até a rotina pós-"BBB".

— Eu já fiz muitos projetos com o OFF (como a série "Pedro vai pro mar"). Quando saí do "BBB", a gente conversou sobre fazer algo novo e pintou essa ideia do documentário. Minha vontade era fazer com alguém que de fato quisesse falar da minha vida e que não fosse sensacionalista. O canal era o melhor caminho para isso. Lá me conhecem bem e sabem da minha carreira e da minha importância para o surfe, que era uma das coisas que eu mais queria abordar. Foi muito legal. Vou revelar coisas que ninguém nunca soube. Minha mãe, meu irmão e meus amigos de infância aparecem. Eles vão contar quem era o Pedro antes do "BBB". Na verdade, era a mesma pessoa (risos). Muito foi dito sobre aquele jeito que eu tinha na casa, mas eu fui assim a vida inteira. O documentário vai mostrar quem é o Pedro Henrique Mota Vianna.

Apesar de estar profundamente envolvido no processo, participando da pesquisa de arquivo e dando opiniões na edição, o surfista, de 34 anos, afasta a ideia de uma atração chapa-branca:

— Não quero criar um personagem que acharia ideal para mim. Tenho que mostrar quem eu sou de verdade. Vão ser vários depoimentos, falando das minhas qualidades e dos meus defeitos. Afinal, é um documentário.

Scooby opina que um dos momentos mais emocionantes é o da participação de sua mãe, que criou os dois filhos com muita dificuldade, depois da prisão do pai deles. O surfista conta que o pai não aparecerá dando seu testemunho:

— Falo com ele, temos uma relação boa. Não tive (uma relação) durante muito tempo, desde os meus 16 anos. A gente sentou para conversar dois anos atrás. Levei as crianças para ele ver. Queria que tivesse mais contato com elas. E foi legal, a gente trocou uma ideia. Ele contou a versão dele e eu, a minha. Ele entendeu, pediu desculpa. Ele vai aparecer nas imagens antigas, de quando me ensinou a surfar, ainda moleque.

Ele tem a expectativa de que o programa sirva como motor para impulsionar o espectador a buscar mudanças:

— Recebo mensagens de pessoas dizendo: "Você me inspira a buscar ter uma vida melhor, a ter uma forma diferente de olhar para os problemas e para a vida". E muita gente também questiona: "Ah, mas agora você tem grana e coisas que dão tranquilidade para ter esse olhar para a vida". Mas o documentário mostra que olhei assim a vida toda. Diante de todas as dificuldades, quando a gente quase passou fome, sempre tive esse olhar, focando não no problema, mas em achar a solução. Vejo as coisas boas que a vida tem a oferecer. Espero que inspire as pessoas.

Scooby acredita que o "BBB" já teve um importante papel na desconstrução da imagem que o público tinha dele — em sua opinião, equivocada. Para o surfista, o documentário reforçará isso:

— Eu tinha uma imagem que inventaram, por causa das pessoas com quem me relacionei. Contar quem é Pedro Scooby ficou na mão de sites de fofoca. Eles acreditavam no que falavam. Não fazem jornalismo. Pelo menos uma grande parte deles, não vou generalizar. Acreditam que tudo é verdade e não pesquisam para saber o que aconteceu. No geral, muita gente não me conhecia ou conhecia por sites de fofoca.

Luana Piovani, que foi casada com Scooby e é mãe de seus três filhos, Dom, Bem e Liz, contribuiu para formar a opinião pública a respeito do atleta. Afinal, não faltaram críticas em entrevistas e nas redes sociais, principalmente em relação à postura como pai. O surfista diz que tudo ficou no passado e adianta que a ex terá uma participação importante no documentário:

— Eu conheço o jeito dela, fomos casados. Ela expõe o que pensa. Mas nem sempre o que ela pensa é verdade. O grande lance é esse. Hoje em dia eu tenho uma boa relação com ela. Se fosse um péssimo pai e uma péssima pessoa, a gente não estaria bem. Conversamos sobre as crianças. Não posso negar que ela foi importante durante grande parte da minha vida. Ficamos oito anos juntos. Sou agradecido por muito momentos em que ela esteve do meu lado. Me apoiou muito. Aprendi muita coisa com ela também, ela é 12 anos mais velha. Ela falou algumas coisas que pensava num momento de raiva. Está tudo certo. Não tenho mágoa.



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