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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
O Palmeiras tirou da base do Corinthians o jovem Lucas Flora, de apenas 10 anos, considerado um fenômeno na sua categoria e comparado a Endrick. A informação foi revelada por Claudinei Alves, diretor das categorias de base do clube alvinegro, nesta terça-feira, 4, em entrevista ao "Podpé", podcast do ex-jogador Marcelinho Carioca. O Estadão apurou com fontes ligadas ao rival, que confirmaram a chegada do menino aos juniores do time alviverde.
Lucas Flora começou a chamar atenção pelas atuações neste ano, com vídeos do garoto impressionando torcedores nas redes sociais. Segundo Claudinei Alves, à frente da base alvinegra desde o início do mandato de Augusto Melo, foi oferecido ao menino primeiramente um salário de R$ 3 mil e o mesmo valor de auxílio moradia, além de o clube bancar custos com escola e convênio médico, totalizando uma despesa de R$ 10 mil mensais. Posteriormente, a diretoria subiu a proposta salarial para R$ 7 mil, mas não houve resposta.
"Nunca vimos uma situação dessa. O garoto é corintiano. No dia que ele foi lá (no clube) ele ficou super emocionado. Nós mostramos o projeto que íamos fazer com ele. O Corinthians agiu até onde pôde", disse Claudinei sobre a situação de Flora, que já é patrocinado pela Nike.
"Eu não paguei luvas para nenhum atleta de base, nem para os que foram no profissional. A família do Bidon queria luvas. Normal, mas me comprometi a eles que se um dia eu pagasse a alguém, eles poderiam vir aqui cobrar o milhão deles. Não podemos onerar o clube com esse tipo de despesa. (Lucas Flora) é craque? Hoje é, mas o Fabrício Oya também era", disse o dirigente, em referência a ex-joia alvinegra, atualmente no modesto Azuriz-PR.
O site apurou que a recente trajetória vitoriosa do Palmeiras nas categorias de base pesou na escolha do atleta e sua família pelo rival. Nas redes sociais, o caso foi comparado ao de Estêvão, de 17 anos, cujo os primeiros passos foram dados na Academia de Futebol antes de ir para o Cruzeiro. Em 2021, divergências de contrato com o clube mineiro fizeram o atleta retornar a SP, aos 14, para vestir novamente a camisa palmeirense, gerando críticas da diretoria celeste.