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    porto velho, terça-feira 8 de outubro de 2024

Gio Queiroz publica carta aberta denunciando assédio moral e psicológico no Barcelona

Documento enviado pela atleta à presidência do clube expõe tudo que foi feito


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Publicada em: 29/03/2022 11:05:01 - Atualizado

Promessa do futebol feminino brasileiro, a atacante Gio Queiroz publicou nesta terça-feira uma "carta aberta ao Presidente do FC Barcelona" nas suas redes sociais na qual denuncia comportamentos abusivos do clube catalão para que ele não defendesse a seleção brasileira. Na carta, a jogadora brasileira de 18 anos, atualmente atuando no Levante emprestada pelo Barça, ressalta que "a cultura do assédio e da violência sexista contra a mulher não pode ser aceita ou tolerada".

- Primeiro recebi indicações de que jogar pela seleção brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube . Apesar do desagradável e persistente assédio, não dei muita importância e atenção ao assunto – escreveu Gio Queiroz, que também tem nacionalidade espanhola, mas optou por defender o Brasil.

Depois de um tempo, ela afirma ter recebido ataques por meio de outros mecanismos de pressão "dentro e fora do clube", e todos com o objetivo, segundo ela, de encurralá-la "de forma abusiva para que ela desistisse de defender a seleção brasileira.

- Métodos arbitrários foram usados com o objetivo claro de prejudicar minha vida profissional dentro do clube – publicou.

No documento enviado à presidência do Barcelona há a exposição de tudo que foi feito por dirigentes do clube contra a atleta, diversos elementos que não chegaram a ser colocados na carta aberta. Foram várias ações para que a jogadora não fosse à seleção brasileira.

Além disso, Queiroz diz que foi submetida a confinamento "ilegal" pelos serviços médicos do clube durante a pandemia, em fevereiro de 2021, pois foi alegado que ela tinha tido contato com alguém infectado com Covid.

- Como a ordem médica era contrária ao protocolo sanitário, contatei diretamente a secretaria de saúde da Catalunha e pedi esclarecimentos. A resposta foi clara e contundente: meu caso não era e nem poderia ser considerado como contato segundo o protocolo.



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