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    porto velho, domingo 6 de outubro de 2024

Real Madrid confiou demais em seu elenco e chega juntando cacos ao Mundial

Time coleciona problemas físicos no período pós-Copa, precisa fazer improvisações e não tem peças de reposição à altura para o ataque


GE

Publicada em: 06/02/2023 11:00:30 - Atualizado


- Não fomos ao mercado de inverno porque não precisamos. Se você planeja bem seu elenco no verão, então não precisa usar o mercado de inverno. Quando você assina com algum jogador em janeiro quer dizer que algo aconteceu.

A explicação de Carlo Ancelotti para a falta de ação do Real Madrid na última janela de transferências faz sentido quando se tem um elenco de qualidade e que vem de uma temporada extremamente vitoriosa. O que o técnico não contava - e ninguém pode prever - era com uma sequência de problemas físicos logo no início de 2023, que, em meio a uma queda de rendimento, faz com o que o time chegue juntando cacos ao Mundial de Clubes.

As mudanças do Real Madrid campeão da Champions sobre o Liverpool em maio do ano passado para o que se prepara para o Mundial parecem sutis, mas não são. Tchouaméni e Rüdiger chegaram como bons reforços, mas o time perdeu um pilar crucial para o processo de renovação do meio-campo: Casemiro, que foi vendido ao Manchester United por 70 milhões de euros aos 30 anos.

Do trio histórico, ficaram Kroos e Modric - com o auxílio luxuoso de Valverde, que estava voando no fim de 2022. Aos 37 anos, porém, o croata passa por um processo natural de precisar de mais descanso, algo que é reiterado pelo próprio treinador em entrevistas coletivas.

No período pós-Copa, Modric nunca foi titular por duas partidas consecutivas. Formaram-se então, em determinados momentos, duas lacunas. E preenchê-las com um elenco curto virou algo problemático.

Primeiro porque Valverde muitas vezes passou a ser atacante e vencer as concorrências de Rodrygo e Asensio por uma vaga no time titular. Depois - e mais recentemente -, Camavinga precisou ser deslocado para a lateral esquerda com as ausências de Mendy e Alaba - sendo que o austríaco hoje já é muito mais zagueiro que lateral. Ambos conseguem cumprir bem as funções, mas o time fica como um cobertor curto. Algo ilustrado pelo fato de Ancelotti não repetir a mesma escalação nenhuma vez em 2023.


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