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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL: O número de jovens que não estudam, não trabalham e nem estão procurando emprego aumentou no primeiro trimestre deste ano, de acordo com um levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego divulgado nesta terça-feira (28). Nos três primeiros meses de 2023, o Brasil tinha 4 milhões de jovens entre 14 e 24 anos nessa situação. Esse número subiu para 5,4 milhões no mesmo período de 2024. Esses jovens são conhecidos como “nem-nem”.
Desse total, 3,2 milhões são desocupados, sendo 51% mulheres e 65% negros. Entre os jovens que não estudam, não trabalham e nem procuram emprego, 60% são mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são negros.
Os dados foram divulgados pela subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, no evento “Empregabilidade Jovem” do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), em São Paulo.
Com informações da PNAD Contínua do IBGE, o levantamento mostra que a taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho ainda não retornou ao patamar de 2019, quando era de 52,7% no primeiro trimestre daquele ano. No mesmo período de 2024, a taxa foi de 50,5%.
Esse índice inclui jovens ocupados e desocupados que estão à procura de emprego. Não entram nas estatísticas aqueles que estão fora do mercado por realizar outras atividades, como trabalhos de cuidado ou estudos em tempo integral.
Entre os jovens ocupados, que totalizam 14 milhões, 42% são mulheres e 60% são negros. Na faixa etária de 15 a 17 anos, 12% estudam e trabalham, enquanto 2% apenas trabalham. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 15% estudam e trabalham, enquanto 41% apenas trabalham.
A pesquisa também revelou que 46% dos jovens ocupados possuem trabalhos informais, o que equivale a 6,3 milhões de jovens. Aqueles que apenas estudam somam 11,6 milhões, sendo 81% dos adolescentes de 15 a 17 anos e 17% dos jovens de 18 a 24 anos.