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porto velho, sexta-feira 8 de agosto de 2025
RONDÔNIA - Professores e profissionais da rede estadual de ensino de Rondônia iniciaram nesta segunda-feira (5) uma greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada após a análise das propostas apresentadas pelo Governo do Estado, consideradas insatisfatórias pela categoria representada pelo SINTERO.
Entre os principais pontos discutidos com a Mesa Estadual de Negociação Permanente (MENP), o governo anunciou reajustes em alguns auxílios. O auxílio-alimentação será elevado para R$ 500, com pagamento a partir de setembro e valor retroativo ao mês de agosto. Já o auxílio-transporte foi reajustado para R$ 200, sendo destinado a servidores que recebem até quatro salários mínimos, aproximadamente R$ 6.072,00 mensais, conforme critérios baseados no Imposto de Renda.
No entanto, outras reivindicações importantes da categoria não avançaram. Não houve progresso nas pautas relacionadas às titulações, e a secretária de Educação, Ana Pacini, afirmou que o Estado não possui margem financeira para atender ao pleito no momento. Como alternativa, foi anunciada a criação de um abono a ser pago no fim do ano, cujo valor ainda depende da disponibilidade orçamentária.
O governo confirmou a realização de concurso público unificado para professores e técnicos educacionais, com edital previsto para este ano, mas com contratações apenas a partir de 2026. Também foi prometido um projeto de lei que garanta 10 dias de recesso aos técnicos educacionais, além da expectativa de um parecer da Procuradoria-Geral do Estado sobre a equiparação salarial entre os níveis N1 e N2, que deveria ser apresentado até esta segunda-feira.
A paralisação unifica todas as regionais do SINTERO em protesto contra o que consideram descaso com a educação pública. Para a presidenta da entidade sindical, Dioneida Castoldi, a greve é uma medida necessária diante da falta de respostas efetivas:
“As propostas do governo ficaram aquém do que a categoria merece. A greve é a voz da nossa luta por respeito, valorização e condições dignas de trabalho”, declarou.
A paralisação seguirá até que novas negociações tragam avanços concretos às reivindicações da categoria.