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    porto velho, segunda-feira 11 de agosto de 2025

Azul volta a penalizar RO com suspensão de voos e aumento no preço das passagens

Com a decisão, os rondonienses enfrentam não apenas a diminuição da oferta de voos, mas também o inevitável aumento do preço das passagens...


Redação

Publicada em: 11/08/2025 11:22:30 - Atualizado

Foto: Azul Linhas Aéreas

PORTO VELHO - RO - Mais uma vez, a população de Rondônia é colocada em segundo plano pelas grandes companhias aéreas. A empresa Azul Linhas Aéreas voltou a suspender voos importantes que conectavam o estado a outras regiões do país, provocando indignação entre passageiros e aprofundando um problema crônico: a precariedade da malha aérea rondoniense.

Com a decisão, os rondonienses enfrentam não apenas a diminuição da oferta de voos, mas também o inevitável efeito colateral da escassez: preços de passagens cada vez mais altos. A realidade é dura — o morador de Rondônia precisa pagar caro para sair ou chegar ao próprio estado, como se viver aqui fosse um privilégio que merecesse punição tarifária.

A suspensão dos voos pela Azul escancara a negligência das companhias com o Norte do Brasil. Rondônia, em especial, sofre com uma malha aérea limitada, com poucas opções e horários, e agora, com menos assentos disponíveis, os consumidores estão sendo empurrados a aceitar tarifas abusivas sem alternativa viável.

Enquanto isso, autoridades locais parecem incapazes de reagir com firmeza ou negociar com as companhias em defesa da população. Falta articulação política e sobram prejuízos para quem depende do transporte aéreo para trabalhar, estudar ou buscar atendimento de saúde em outros centros urbanos.

A Azul, que há tempos já vinha reduzindo sua presença em Porto Velho, confirma com essa nova suspensão uma postura de descaso com os estados da Região Norte. Trata-se de uma decisão que fere o direito básico de mobilidade da população e compromete o desenvolvimento regional, ao isolar ainda mais um estado que já enfrenta inúmeros desafios logísticos.

A pergunta que fica é: até quando Rondônia será tratada como destino de segunda categoria pelas companhias aéreas? O que falta para que governo, bancada federal e entidades do setor pressionem por uma política de voos mais justa, que respeite os cidadãos rondonienses?

Enquanto isso não acontece, o povo paga a conta — literalmente — com passagens cada vez mais caras e menos opções para voar.


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