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porto velho, segunda-feira 12 de maio de 2025
PORTO VELHO RO - Sob ameça da direção do Consórcio do Sistema Integrado Municipal de Transportes de Passageiro (SIM) de demissão por justa causa, tomada após a decisão da Justiça do trabalho que impôs multa diária de R$100.000,00 em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Urbano e com característica de Metropolitano de Passageiros no Estado de Rondônia (Sitetuperon), parte dos funcionários retornou aos postos de trabalho mesmo sem receberem seus salários atrasados e seus benefícios, e alguns ônibus voltaram a circular na manhã desta sexta-feira (17) em Porto Velho.
Segundo o secretário municipal de trânsito Nilton Kisner cerca de 80 funcionários do turno matutino voltaram ao trabalho após uma reunião convocada pelo SIM na madrugada de hoje, "mas a frota continua reduzida por conta das férias escolares", afirma Kiner.
De acordo com o secretário, a empresa assegurou que o vale ticket vai ser entregue, e até a próxima terça-feira (21) os salários atrasados dos trabalhadores serão pagos, restando ainda o pagamento da segunda parcela do 13° salário de dezembro.
Até o momento, o Sitetuperon não se declarou sobre o assunto.
Impasses
Em Assembleia realizada no final da tarde dessa quinta-feira (16), os trabalhadores haviam decidido por não aceitar as propostas do SIM e pedir demissão em massa. Porém, a Justiça do Trabalho deixou claro que caso a decisão fosse concretizada, a multa em desfavor do Sindicato que representa a categoria, prevaleceria.
A greve dos trabalhadores do Transporte Coletivo de Porto Velho foi iniciada no último sábado (11) segundo o Sitetuperon, ocorre devido aos atrasos nos salários e benefícios dos trabalhadores como décimo terceiro salário, cesta básica, férias e vale-alimentação.
Mesmo com o retorno de parte dos funcionários, os impasses em torno do serviço de Transporte Coletivo da capital continuam. Além da situação mal resolvida sobre o pagamento dos salários e benefícios dos trabalhadores, informações dão conta que o empresário que alugou 30 ônibus para o SIM ainda não recebeu nem um centavo do combinado com a direção do Consórcio, e ameaçou vir buscar os veículos. A justifica é que os mesmos problemas que vem ocorrendo em Porto Velho, estão ocorrendo no estado vizinho do Acre, onde também há negociações sobre a prestação dos serviços entre os empresários do SIM e da empresa de São Paulo que oferece parte da frota para a capital.
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