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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
PORTO VELHO,RONDÔNIA- Crianças a partir dos sete anos de idade e adolescentes cujos pais perderam a guarda, e que atualmente vivem em abrigos públicos terão a oportunidade de sair desses ambientes e conviver com “Famílias Acolhedoras”.
Projeto nesse sentido foi lançado oficialmente pela prefeitura de Porto Velho na tarde de segunda-feira (11), na sala de reuniões do prefeito dr Hildon Chaves.
De acordo com o projeto, crianças e adolescentes em vez de irem para uma das casas de acolhimento do município, ficarão com famílias devidamente cadastradas e treinadas. “Famílias interessadas em participar do projeto vão se cadastrar na Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf). As que passarem pela triagem por meio de entrevistas serão treinadas e habilitadas a receber esses menores”, explicou o secretário Claudi Rocha.
As famílias que acolherem os menores receberão uma ajuda de custo da prefeitura no valor de um salário mínimo. Por enquanto, trata-se de projeto piloto que vai começar com dez famílias, depois 20, 30 “e o quanto for necessário”, afirma Claudi Rocha. Segundo ele, apesar de todos cuidados nas unidades sociais, os menores “estão de Alguma forma presos”, mas que, “ao serem acolhidas, poderão ir à praça, ao cinema, à lanchonete, enfim, levar uma vida normal”.
“Para trabalhar nessa secretaria (Semasf) não tem que ser simplesmente técnico, tem que ter paixão pelas crianças, tem que ter vocação para ajudar o próximo. Eu não tenho dúvidas da viabilidade desse programa. A economia para o município não é o mais importante, o que vamos conseguir com esse programa não tem à venda no mercado e nem nas farmácias, que é amor”, afirmou dr Hildon Chaves.
O prefeito adiantou que o segredo do sucesso desse programa é a seleção das “Famílias Acolhedoras”. Para tanto, os servidores já estão sendo capacitados para escolherem as famílias ideais para cada menino ou menina que necessitam desse modelo de serviço.
DIGNIDADE
Porto Velho é a segunda cidade em Rondônia a referenciar esse serviço que vai funcionar a partir do dia 15 de janeiro do próximo ano. Atualmente essas crianças ficam acolhidas no Lar do Beber, Cosme e Damião, Casa da Juventude e Casa Moradia.
“Temos crianças e adolescentes de zero a 17 anos. Atualmente estamos com 36 acolhidas, mas no início do ano eram mais de 100. O projeto é uma bandeira que o dr Hildon levantou e nós estamos empenhados, pois o que mais queremos é um futuro com dignidade, amor e carinho para elas”, observou Claudi Rocha.
Prestigiaram a solenidade a assistente social Emiliana Silva, que representou a 2ª Vara da Infância e da Juventude; o promotor de justiça Marcos Valério, da 2ª Promotoria da Infância; o delegado André Carli, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA); a conselheira Marina Falcão, representando os Conselhos Tutelares e a diretora de políticas públicas para mulheres, Gentileza de Brito, entre outras autoridades.