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Feira Científica de Inovação e Tecnologia de Rondônia ganha status internacional


Rondonoticias

Publicada em: 12/12/2017 15:32:26 - Atualizado

PORTO VELHO,RONDÔNIA- A coordenadoria da Feira de Rondônia Científica de Inovação e Tecnologia (Ferocit) fecha o ano de 2017 com resultados que elevam o nível do evento, de feira estadual com atuação nacional, para feira internacional.

Organizada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em 2014, a Ferocit promove competições científicas entre alunos do ensino fundamental e médio da rede pública estadual, e é aberta também aos Institutos Federais, com a mostra e seleção de projetos criados pelos estudantes.

Segundo o coordenador da Ferocit, Ederson Rodrigues, este foi o primeiro ano em que um projeto de Rondônia foi selecionado para uma feira internacional, a da Colômbia, que aconteceu em abril. “O projeto foi premiado e os alunos responsáveis pelo trabalho foram credenciados para irem ao Panamá em 2018. Nossos alunos participaram de cinco feiras este ano, entre nacionais e a internacional, e são esses resultados de projetos premiados de Rondônia que elevam a nossa feira para o nível internacional”, explica.

A Ferocit deve receber em 2018 projetos de 10 países diferentes, todos selecionados no último mês de outubro na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), no Rio Grande do Sul, sendo considerada a maior feira jovem de ciência e Tecnologia da América Latina. Outra novidade é a criação do Núcleo de Ciência e Inovação, que já está em fase de aprovação pelo Governo do Estado, e que dará à Ferocit uma logística mais precisa, com estrutura de plataformas que irão facilitar o acesso, manter e fortalecer o incentivo à pesquisa e elevar também o nível de apresentações de projetos dos alunos estaduais.

Regina Cláudia Ramos, diretora da Escola Estadual Ulisses Guimarães, na Zona Leste de Porto Velho, se orgulha que a instituição, somente este ano, conseguiu arrematar quatro prêmios com projetos desenvolvidos por alunos da escola, sendo dois na última Mostra de Ciência e Tecnologia Escola Açaí (MCTA), no estado do Pará, que aconteceu há duas semanas.

“Os dois são projetos de grupos diferentes, que são da categoria Meio Ambiente. Só da Escola Ulisses Guimarães conta com cerca de mil alunos envolvidos com pesquisas e concorrendo para participar à seleção para participar da Ferocit. Abre-se um leque de oportunidades e a ideia é, além de incentivar à criação tecnológica, conseguir chamar a atenção de empresários que queiram patrocinar e por em prática o projeto dos alunos”, declara a diretora.

É o caso dos meninos do 3° ano, Renan Ferreira, 17 anos, e Wiliam Soares, 18 anos, que levaram para a MCTA o projeto de reaproveitamento de águam, com um aparelho criado por eles e que já conta com o patrocínio de uma empresa local para o estudo de viabilidade para colocar o produto no mercado. “O aparelho ainda não é tão acessível, porque chegaria no mercado pelo preço de aproximadamente R$ 170, então estamos buscando materiais que possam substituir peças do aparelho e reduzir os custos, para que o equipamento seja acessível para a comunidade. Faltam apenas 8% para que, com alguns ajustes, o aparelho transforme a água em 100% potável. No nosso bairro – o Ulisses Guimarães, muita gente sofre com a falta de água potável, e nós queremos ajudar às pessoas a terem essa facilidade em casa através da nossa criação”, conta Wiliam.

Para Elielton de Oliveira Aquino dos Santos, 15 anos, as pesquisas melhoraram o desempenho pessoal nos estudos e na concentração. “Para criar um projeto, nós precisamos pesquisar, e se não tivermos a teoria ensinada na sala de aula, não há como criar. Participo desde o ano passado da Ferocit e o meu aproveitamento e rendimento melhorou muito”. Elielton foi premiado na MCTA com um projeto de aproveitamento de insumos descartados no dia a dia, para a área de jardinagem e paisagismo.

“A nossa meta é muito audaciosa. Isso nunca foi feito no estado. As feiras começam em outro perfil, e a nossa começou estadual, com o financiamento. Agora com Núcleo de Ciência e Inovação, poderemos auxiliar os professores que orientam as pesquisas, na forma correta de regularizar o projeto, patenteEar, incentivo aos professores, com mais possibilidade de tempo aos profissionais que trabalham como orientadores, enfim. Quando a Ferocit acontecer em 2018, já deveremos ter o apoio desse núcleo para que o sucesso continue e se amplie”, finalizou o coordenador.


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