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    porto velho, sábado 12 de julho de 2025

Comitê do governo emite alerta e tenta evitar racionamento de energia

Entre elas, retomar a bandeira vermelha na conta de energia elétrica dos consumidores.


g1

Publicada em: 28/05/2021 11:19:41 - Atualizado

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico decidiu na noite desta quinta-feira (27) emitir um alerta de "risco hídrico" no país e abriu caminho para o governo tomar medidas mais duras para tentar evitar o racionamento de energia. Entre elas, a de a Agência Nacional de Águas (ANA) determinar, já nos próximos dias, a redução da vazão dos reservatórios de hidrelétricas.

A decisão foi tomada em uma reunião extraordinária marcada por causa da gravidade da situação devido ao baixo volume de chuvas dos últimos meses. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS), o volume de chuvas foi ainda menor que o normal para o mês de maio – e que deve se agravar nos próximos meses.

Segundo especialistas do setor, há risco real de cortes no fornecimento de energia entre setembro e outubro, já que as chuvas só devem normalizar a partir de novembro.

Com a perspectiva de menos chuva e de seca ainda mais severa nas regiões centro-oeste e sudeste do país, o governo criou um comitê de crise para tratar do assunto e deve determinar outras medidas que levem a um consumo menor de energia no país.

Na reunião do comitê nesta quinta (27) integrantes do governo afirmaram que medidas de racionalização do consumo de energia já deveriam estar em marcha pelo menos desde março. Entre elas, retomar a bandeira vermelha na conta de energia elétrica dos consumidores.

A medida esbarra nas esferas políticas do governo, que temem o efeito dela na inflação que já pressiona a população de mais baixa renda. Por outro lado, o risco de um racionamento ocorrer no segundo semestre é cada vez mais alto.

Segundo Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, desde fevereiro o governo já deveria ter atuado para diminuir o consumo de energia no país, com medidas como a bandeira vermelha e reajuste no valor-referência para preços no mercado livre de energia.


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