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porto velho, segunda-feira 7 de julho de 2025
Recentemente, o pediatra Daniel Becker chocou e comoveu internautas ao compartilhar um vídeo que mostra a rotina de uma mãe que não tem apoio para cuidar dos dois filhos. Nas imagens, ela acorda diversas vezes durante a madrugada para monitorá-los e parece exausta com a situação.
"Milhões de mães vivem isso sem que ninguém no seu entorno saiba. Não é humanamente possível suportar isso todos os dias sem apoio. A exaustão e o isolamento são causas comuns de depressão, adoecimento físico e mental nas mulheres, nesse puerpério que se prolonga por meses e que continua com o nascimento de um outro filho", declarou o médico na publicação que recebeu mais de 12 mil comentários, sobretudo de mulheres que disseram vivenciar o mesmo.
Atualmente, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11 milhões de mulheres criam seus filhos sozinhas no Brasil. Apenas no primeiro semestre de 2020, mais de 80 mil crianças foram registradas sem o nome do pai, segundo a Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional).
O termo mãe-solo é amplamente utilizado hoje em dia para definir as mães que são inteiramente responsáveis pela criação de seus pequenos.
Muitas não escolheram essa realidade, mas precisam enfrentá-la. Elas se dividem entre o trabalho e cuidar da casa e dos filhos. Conheço algumas que vivem na pele o drama de criar um filho sozinha e não há nada de glamuroso nisso.
Mas, infelizmente, há quem divulgue que ser mãe é o suficiente. Não são poucos os casos de mulheres que, sem ter um parceiro, optam por uma produção independente. O sonho da maternidade faz com que elas decidam se tornar mães, sem a presença do pai. Isso é possível por meio do método da fertilização in vitro.