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porto velho, domingo 18 de maio de 2025
PORTO VELHO-RO: A maioria dos despachantes documentalistas que atua em Rondônia tem consciência do empenho da diretoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RO) para a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para servidores que trabalham em Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretrans), em cidades do interior do Estado. A afirmação é do presidente do Conselho Regional dos Despachantes dos Estados de Rondônia e Acre (CRDD-RO/AC), Marcizo Nogueira Borges.
De acordo com o presidente, mesmo o Detran-RO sendo uma autarquia, responsável pela maior fatia da arrecadação do Estado, o órgão, na atual conjuntura administrativa editada pelo governador Marcos Rocha, na possuiu autonomia financeira, como ocorria em governos anteriores. Hoje, o Detran está totalmente engessado quando o assunto é gestão orçamentária.
Essa medida atrapalha a ampliação de políticas voltadas para a Educação para o Trânsito, convênios com os municípios, treinamento de servidores e investimento em ferramentas de tecnologia.
Marcizo afirma ser necessária a explicação para que a sociedade, de uma forma geral, tenha conhecimento de como o Estado procede e não atribuir, de maneira equivocada, a culpa pela falta de EPI ao Detran, quando o responsável é o governo de Rondônia.
Marcizo Nogueira afirma que o Detran poderia resolver o problema, caso tivesse autonomia financeira. “Não há atendimento físico porque não tem os Equipamentos de Proteção Individual e consideramos isso uma falta de respeito para com o público e com os seus funcionários. Mas, neste caso, a conta deve ser cobrada do governo não do Detran-RO”, explica o presidente.
No caso dos serviços terceirizados, emplacamento e vistoria, Marcizo lembra que o Detran-RO, com recursos próprios, pode fazer funcionar o sistema que dispõe para realizar a vistoria “pela metade do preço que as empresas terceirizadas estão cobrando”. Para ele, o que não falta ao Detran é dinheiro para comprar o material e realizar o atendimento, mas o processo fica amarrado devido à interferência do governo do Estado.
Marcizo destaca a boa vontade e a parceria firmada com o diretor-geral do Detran-RO, Neil Faria Gonzaga. Para ele, o Detran-RO vem cumprindo as normas estabelecidas no Decreto do governador e que, para não paralisar totalmente os serviços, o atendimento vem sendo feito por via remota.
Neil Gonzaga nega que haja disponibilidade financeira no órgão. Segundo ele os recursos oriundos das documentações veiculares não ficam disponíveis para o órgão. Ele também negou que o órgão disponha de algum cartão corporativo e que está em processo de ter disponibilizado o suprimento de fundos.
Gonzaga sugeriu que no período atual as pessoas que precisem de atendimento remoto, podem fazê-lo através do site do Detran-RO www.detran.ro.gov.br ou diretamente com os despachantes documentalistas.