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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
RONDÔNIA: O Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar Ambiental de Vilhena, revelam detalhes de um possível crime ambiental cometido dentro das dependências do campus do IFRO em Colorado do Oeste. O documento é datado do dia 02 de junho, mas o caso levou à abertura de investigações aconteceu no dia 24 de abril deste ano.
Segundo o relato policial, nesta data um professor da instituição federal de ensino teria incentivado seus alunos do 1º ano do curso de técnico em agropecuária a matar um tatu da espécie “peba” que estaria comendo ovos das galinhas criadas no campus, cuja área é de aproximadamente 100 hectares.
O BO registra que que os estudantes, todos menores de idade, teriam publicado vídeos deles mesmos desferindo pauladas no animal. Ao receber a denúncia contendo as informações e os vídeos, o Batalhão Ambiental tentou contato com o educador acusado, mas como ele não foi localizado por telefone, os militares foram de Vilhena até sua casa em Colorado do Oeste. Ao ser confrontado com a denúncia, o professor alegou que ele e seus alunos tentaram capturar o animal sem a intenção de matá-lo, e alegou que a morte aconteceu por acidente.
O acusado argumentou que o “peba” havia comido 12 galinhas, prática que ele desconhecia ser feita por esta espécie. O professor contou que, após abater as aves, o tatu continuou escondido embaixo do galinheiro, e que, ao usar uma alavanca para escavar o local, acabou atingindo o bicho sem querer.
Após constatar que o invasor estava morto, relata o educador, ele foi retirado e colocado em outro espaço para evitar mau cheiro. O problema é que, além dos vídeos postados pelos próprios alunos nas redes sociais, imagens gravadas pelo circuito interno de câmeras do IFRO mostram os estudantes desferindo pauladas no tatu diante do professor, que assiste a cena.