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porto velho, sábado 7 de junho de 2025
RONDÔNIA - A 2ª Vara Criminal da Comarca de Ariquemes registrou uma tentativa de golpe envolvendo o uso indevido do nome de um suposto magistrado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O caso foi comunicado pelo diretor de cartório da unidade, que recebeu a ligação em seu telefone particular, de um interlocutor que se identificou como Juiz Corregedor do CNJ.
Durante a ligação, o suposto magistrado alegou estar coordenando um mutirão carcerário de presos provisórios e solicitou o contato do diretor da unidade prisional local, bem como nomes de cinco detentos. Diante da solicitação, o servidor informou que não poderia repassar as informações, uma vez que os processos tramitam sob segredo de justiça e, conforme diretrizes do Tribunal de Justiça de Rondônia, não é permitido o fornecimento de dados processuais por telefone, especialmente sem identificação institucional formal.
Mesmo após a negativa, o interlocutor insistiu no pedido e solicitou também os contatos das demais varas criminais da comarca. Após encerrar a chamada, o servidor realizou buscas na internet e identificou relatos semelhantes no Estado do Paraná, em que golpistas coletavam dados de presos provisórios para posteriormente aplicar fraudes junto a seus familiares, solicitando pagamentos sob pretextos falsos, como fianças ou progressões de regime.
O contato foi feito via aplicativo WhatsApp e utilizava na foto de perfil a logo do Tribunal de Justiça de Rondônia, uma tentativa de conferir legitimidade à abordagem.
O TJRO alerta a sociedade informando que não efetua ligações telefônicas ou envia mensagens solicitando depósitos em contas particulares em troca de benefícios legais. Caso receba esse tipo de contato, não forneça informações pessoais, não realize pagamentos e denuncie imediatamente. Em caso de dúvida, procure os canais oficiais de atendimento do TJRO para confirmação e para denúncia, acesse a ouvidoria.