• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, sábado 17 de maio de 2025

Polícia não consegue fazer exame toxicológico no corpo de adolescente por falta de sangue

Exame toxicológico mostraria se Laryssa foi drogada. Polícia ainda aguarda a conclusão do laudo que vai dizer se a adolescente foi estuprada.


G1

Publicada em: 26/04/2022 08:32:33 - Atualizado


RONDÔNIA - O laudo que iria dizer se a adolescente Laryssa Victoria foi drogada, antes de ser morta e enterrada, não pôde ser realizado porque o corpo dela não tinha mais sangue. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (25) pela Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste (RO).

De acordo com o delegado Niki Locatelli, a perícia confirma que a vítima sangrou até a morte e, por este motivo, não foi encontrado sangue no corpo dela para realizar o exame toxicológico.

Vídeos da noite do crime

Laryssa saiu de casa na noite da sexta-feira, 18 de março, para se encontrar com amigas em uma conveniência. Imagens de câmera de segurança mostram que ela encontrou com Ronaldo dos Santos Lira e saiu do local em sua companhia caminhando normalmente.

Novas imagens mostram Laryssa andando com o suspeito antes de ser morta

Outras imagens, gravadas aproximadamente 1h30 depois, mostram a adolescente cambaleando e quase caindo, sendo puxada pelo suspeito por ruas do bairro Colina Park, próximo à casa de Ronaldo.

Jovem é puxada por suspeito, que em seguida a mata e a enterra no quintal da casa dele,

O laudo toxicológico mostraria o que Laryssa teria ingerido entre o tempo que saiu da conveniência até a hora em que foi vista indo para a casa de Ronaldo.

Agora, a Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo de conjunção carnal, realizado através do DNA, para saber se a vítima foi estuprada. Segundo o delegado, o resultado deve demorar um pouco para ficar pronto.

Preso e indiciado

O suspeito, preso em flagrante no dia 20 de março, quando a polícia encontrou o corpo de Laryssa enterrado no quintal de sua casa. Ele é assistente social em Ouro Preto e conhecido no meio político da região.

Inicialmente, Ronaldo não quis dar informações sobre o caso, mas há uma semana ele foi interrogado e confessou o crime. O suspeito afirmou que matou a adolescente pelo "desejo de matar" que tinha desde a infância.

Segundo relato de familiares, Ronaldo conhecia a mãe de Laryssa. O pai da menina acredita que o suspeito se aproveitou da proximidade para atrair a menina até a sua casa, onde ela foi encontrada morta.

Na mesma semana, foi concluída a perícia nos bens eletrônicos do preso: pen-drives, celular e computador. A investigação encontrou diversos materiais de pornografia infantil que Ronaldo alegou ser para uma “tese de mestrado”.


O inquérito do caso foi concluído há pouco mais de uma semana e o suspeito foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e armazenamento de material de pornografia infantil.

O g1 tenta localizar a defesa do suspeito.

Dor da perda

Quase uma semana após o crime, o pai de Laryssa, Carlos Aparecido Rossato, conversou com o g1 e disse que busca Justiça pela filha enquanto lida com o luto.
"Quando você perde alguém da família, seja por qualquer "morte natural", até pode ser mais compreensível, mas não dessa forma que foi feito com ela sabe? A brutalidade, a crueldade que ele usou e o tanto que ele ficou cínico fingindo que não era ele, frio", comenta o pai.

Em casa, ele diz que sobrou o vazio e que as palavras não conseguem descrever de comoção. "Hoje entrar dentro de casa, olhar para cama dela e não enxergar ela…". Carlos não finalizou a frase, pois começou a chorar.


Fale conosco
`) $(text.find("p")[3]).addClass('container-box') } if (textParagraphSize >= 5) { $(text.find("p")[5]).after(`
`) $(text.find("p")[6]).addClass('container-box') } if (textParagraphSize >= 8) { $(text.find("p")[8]).after(`