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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
RONDÔNIA: O drama do recém-chegado ao mundo Santiago, cujo significado do nome é “o que Deus protege”, tem uma história de agonia e incertezas que começa com a mãe, uma jovem venezuelana de 27 anos, grávida do quarto filho e que havia dado entrada ao Hospital Materno Infantil de Cacoal no dia 19 último.
Vanessa Saray Salazar Bastardo estava na 37° semana de gravidez. Ela tinha em mãos documento registrado em cartório com recomendação profissional de uma assistente social para que fosse feita uma cesariana. Fazia-se necessária uma laqueadura – procedimento para não ter mais filhos.
O marido dela, José Nolberto, conta que a mulher obedeceu todas as recomendações no hospital: pleno repouso e jejum 24 horas antes da cirurgia. Ele é venezuelano, tem 33 anos, e é marceneiro Cacoal.
No sábado, pouco antes do meio-dia, com muita fome, Vanessa entrou na sala de parto sem a companhia da mãe. José narra que a presença da sogra foi vetada pela equipe médica. Vanessa disse que, enquanto a médica atendia outra grávida, a enfermeira que auxiliava no parto pedia a ela que fizesse força. Vanessa havia entrado em trabalho de parto.
“No momento em que meu bebê nasceu a enfermeira deixou ele escorregar e caiu no chão, de cabeça”, comentou aos prantos a jovem mãe, ao dizer que depois disso foi uma correria na sala.
Ninguém no hospital informou ao pai o que havia acontecido. Foi a esposa quem contou pra ele. Em desespero José cobrou providências. Num primeiro momento foi ventilada a possibilidade do bebê ser levado para Porto Velho. Doze horas mais tarde do acidente ocorrido com o recém-nascido foi dada entrada dele na UTI Neo Natal do Hospital São Lucas em Ouro Preto. Santiago estava com uma lesão na cabeça.
Enquanto Vanessa continuava hospitalizada em Cacoal, o bebê na UTI em Ouro Preto, e José, sem dinheiro e sem conhecer ninguém, dormiu na praça dos Imigrantes e ficou todo o domingo sem comer.
Existe a possibilidade de a criança ter alta da UTI na segunda-feira. A preocupação dos pais é que Santiago fique com alguma sequela. “Pedimos a Deus que proteja nosso filho. Não queremos o mal de ninguém, mas, é preciso que a instituição seja responsabilizada pelo ocorrido”, comentou José ao dizer que está convivendo com a aflição das incertezas e as dificuldades financeiras que tem que cobrir, num momento que não pode trabalhar para poder honrar seus compromissos. A Folha de Rondônia News não conseguiu falar com a direção do Hospital Materno Infantil de Cacoal.
Atualmente Vanessa visita o bebê uma vez por dia e dorme em uma casa de apoio da Igreja Católica. Se alguém puder ajudar, seque aqui o pix 69 993688790. A família mora em Cacoal na rua 15 de Novembro, 2280, bairro centro, Cacoal/RO. O casal veio para o Brasil em 2017 e está há quatro anos em Cacoal, interior de Rondônia.