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Médico é indiciado por homicídio culposo pela morte de digital influencer

Liliane dos Santos Amorim, de 26 anos, morreu dias após fazer uma lipoaspiração em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. Delegado do caso disse que houve 'falta de cuidados...


G1

Publicada em: 01/03/2021 00:00:00 - Atualizado

BRASIL: A Polícia Civil indiciou o médico-cirurgião que fez uma lipoaspiração na digital influencer Liliane Amorim, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. Liliane, que tinha 26 anos, morreu dias após o procedimento cirúrgico, ao sofrer complicações. O crime culposo ocorre quando não há intenção de praticar o ato.

O G1 tenta contato com o médico Benjamin Alencar, que fez a cirurgia, mas as ligações não são atendidas.

O delegado Luiz Eduardo da Costa, responsável pela investigação do caso, afirma que houve "falta de cuidados e cautelas", o que agravou o quadro de saúde de Liliane após a lipoaspiração.

“Com tudo o que foi investigado e todos os elementos colhidos no curso das investigações, ficou evidente que se trata da possibilidade de um homicídio culposo, onde o médico não previa o risco de produzir o resultado. Contudo, por falta de cuidados e cautelas, teria causado o resultado grave”, frisou Luiz Eduardo.

Liliane Amorim morreu em 24 de janeiro, 15 dias após passar pela lipoaspiração. Após a cirurgia, ela relatou sofrer mal-estar, dificuldade para se alimentar e dores na região do abdômen. Ela foi internada em 15 de janeiro por complicações da cirurgia, conforme o inquérito da Polícia Civil.

A digital influencer publicava conteúdos relativos a viagens, saúde e beleza em suas redes sociais, que reúnem mais de 260 mil seguidores.

Imprudência e imperícia

Conforme o delegado responsável pela investigação, houve imprudência e imperícia por parte do médico responsável. O policial afirma que a alta médica dela do hospital foi "prematura"

"Ficaram muito claras a imprudência e a negligência por parte do médico. A imprudência demonstrada quando ocorreu a alta médica de Liliane, ainda com muitos sintomas e dores. Segundo depoimentos, a vítima chegou a sair do hospital de cadeira de rodas. Entendemos, desta forma, que houve uma alta prematura, pois o médico foi consultado quanto à permanência dela no hospital", disse.

A negligência, conforme o delegado, ocorreu enquanto a paciente estava em casa, sem assistência. "Porque não houve assistência necessária à paciente, que se queixava de diversos sintomas, além de não conseguir se alimentar ou dormir, e o médico se encontrava fora da cidade."


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