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porto velho, sábado 8 de fevereiro de 2025
MUNDO: Uma mulher australiana que passou 20 anos na prisão foi perdoada e libertada nesta segunda-feira (5) com base em novas evidências científicas de que seus quatro filhos morreram de causas naturais, como ela havia insistido nos últimos processos.
Kathleen Folbigg, de 55 anos, foi libertada de uma prisão em Grafton, no estado de New South Wales, nos Estados Unidos, após o perdão concedido pela governadora de New South Wales, Margaret Beazley.
O perdão foi visto como a maneira mais rápida de tirar Folbigg da prisão.
O procurador-geral de Nova Gales do Sul, Michael Daley, disse que o ex-juiz Tom Bathurst o avisou na semana passada que havia dúvidas razoáveis sobre a culpa de Folbigg com base em novas evidências científicas de que as mortes poderiam ter sido de causas naturais.
“Há uma dúvida razoável quanto à culpa da Sra. Folbigg pelo homicídio culposo de seu filho Caleb, a imposição de lesões corporais graves em seu filho Patrick e o assassinato de seus filhos Patrick, Sarah e Laura”, disse Daley aos repórteres.
O ex-juiz conduziu a segunda investigação sobre a culpa de Folbigg, iniciada após uma petição que dizia ser “baseada em evidências positivas significativas de causas naturais de morte” e assinada por 90 cientistas, médicos e profissionais relacionados.
Os promotores reconheceram em seu inquérito em abril que havia dúvidas razoáveis sobre a culpa dela.
Folbigg cumpria uma sentença de prisão de 30 anos que expiraria em 2033. Ela teria direito à liberdade condicional em 2028. Seus quatro filhos morreram separadamente e ao longo de uma década:
Evidências descobertas em 2018 de que ambas as filhas carregavam uma rara variante genética CALM2 foram um dos motivos pelos quais o inquérito foi acionado.