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porto velho, sábado 8 de fevereiro de 2025
MUNDO: O prazo estimado pelas autoridades dos Estados Unidos para a duração do oxigênio no Titan se esgotou na manhã desta quinta-feira (22). O submarino desaparecido desceu às profundezas do Oceano Atlântico para visitar os destroços do Titanic no domingo (18).
Na tarde da última terça-feira (20), em entrevista coletiva, o capitão do Primeiro Distrito da Guarda Costeira Jamie Frederick afirmou que o Titan ainda tinha 40 horas de oxigênio, tempo que esgotou nesta manhã.
As buscas, no entanto, ainda seguem para as cinco pessoas da embarcação: o empresário e aventureiro britânico Hamish Harding, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman Dawood, além do CEO e fundador da OceanGate, empresa proprietária do submersível, Stockton Rush.
O quinteto embarcou, no último domingo (18), na aventura de conhecer um dos mais icônicos navios da história. O RMS Titanic foi construído em 1912 e fez sua viagem inaugural no dia 10 de abril, partindo do porto britânico de Southampton com destino a Nova York. No entanto, jamais chegaria ao seu destino, naufragando em sua viagem inaugural. Atingido por um iceberg, teve seu casco perfurado e afundou. Mais de 1,5 mil pessoas morreram na tragédia, já que a imponente e luxuosa embarcação não tinha botes suficientes para abrigar todos os seus ocupantes.
A história do navio “inafundável” deixou o mundo inteiro chocado, mas ao mesmo tempo fascinado. Nestes mais de 100 anos de histórias, não faltaram estudos, teses acadêmicas, peças de teatro, romances, documentários e séries de TV abordando o tema.
O assunto ganhou força total em setembro de 1985, quando uma equipe localizou os destroços do Titanic, cerca de 600 km de Terra Nova, no Canadá, e a 1.448 quilômetros da costa de Cape Cod, Massachusetts, nos EUA. Popularizou-se de vez com o filme dirigido por James Cameron em 1997, protagonizado por Leonardo di Caprio e Kate Winslet. Foi o que bastou para a tragédia se tornar um ícone pop, intrigando e conquistando ainda mais pessoas.
Esse clima de mistério fascinante atraiu, nos últimos anos, vários aventureiros que sonharam em chegar ao fundo do mar, a 3.800 metros de altitude, e encontrar os destroços do Titanic. Se em 1985 ele foi localizado com um submersível dotado de câmeras, agora seria possível criar veículos que pudessem levar pessoas para o fundo do mar e, ali, ver de perto o maior navio de sua época.
Esse sonho moveu Rush, que cultivava uma imagem de Jacques Cousteau moderno. Ele já havia chegado a dizer que o futuro da humanidade não estava no espaço, mas no fundo do mar. Em 2009 criou a OceanGate, com a finalidade de “aumentar o acesso ao oceano profundo por meio da inovação”. A empresa construiu e manteve três veículos submersíveis para realizar viagens surpreendentes ao fundo do mar. O Titanic acabou se tornando, lógico, a joia da coroa. Para esta viagem, foi designado um dos veículos, o Titan.