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porto velho, segunda-feira 23 de dezembro de 2024
Por unanimidade, o ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli (2009-2014), de 66 anos, será mantido preso na penitenciária panamenha El Renascer, nos arredores da capital (Cidade do Panamá). A decisão é dos nove magistrados da Suprema Corte do país.
Condenado a 21 anos de prisão, Martinelli foi considerado culpado por coordenar um esquema de escutas telefônicas contra mais de 100 pessoas. Ele se disse perseguido politicamente.
Martinelli já havia sido extraditado dos Estados Unidos e agora os advogados queriam que ele fosse beneficiado com a medida de "prisão domiciliar". O julgamento ocorreu sem a presença do ex-presidente.
Para os magistrados, a defesa de Martinelli não conseguiu demonstrar "a existência de qualquer elemento novo que permitisse sustentar a mudança da medida de prisão provisória".
A decisão do plenário refutou os dois argumentos apresentados pela defesa: o estado de saúde de Martinelli e a privação de liberdade durante um ano nos Estados Unidos em razão do pedido panamenho de extradição, que os advogados interpretaram que devia se considerado como "abono" à prisão preventiva ditada pela Corte.
Quanto à saúde do ex-presidente, os juízes indicaram que Martinelli sofre de doenças crônicas que podem ser tratadas com medicação. O promotor Carlos Herrera Morán disse que a decisão de manter o ex-presidente preso foi "justa, pois este o senhor apresenta um risco de fuga".