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porto velho, sexta-feira 14 de março de 2025
MUNDO: A Rússia anunciou nesta quinta-feira (13) que retomou a maior cidade de Kursk, região russa na fronteira com a Ucrânia palco de uma contra-ofensiva ucraniana desde agosto de 2024.
O anúncio da retomada da cidade de Sudzha ocorre um dia após a visita do presidente Vladimir Putin ao centro de comando da região russa. Putin estava usando roupas militares durante a visita, algo incomum ao longo dos últimos meses do conflito, em imagens divulgadas pelo Kremlin. O presidente russo exigiu a rápida conclusão da retomada de Kursk.
Putin corre contra o tempo para buscar uma posição ainda melhor nas negociações de paz na guerra contra a Ucrânia. O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, chegou a Moscou nesta quinta-feira para discutir uma proposta de cessar-fogo de 30 dias no conflito. O controle de Kursk pelas tropas de Volodymyr Zelensky é usado pelo presidente ucraniano como moeda de troca em negociações.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta quinta-feira que não há dúvidas de que em breve as forças russas retomarão toda a região de Kursk. Perguntado sobre o uso das roupas militares por Putin, Peskov disse que o presidente "considerou necessário".
Mapas de código aberto revisados pela Reuters mostram que as tropas ucranianas em Kursk estão quase cercadas pelas forças russas. A Ucrânia surpreendeu o mundo em 6 de agosto do ano passado ao atravessar a fronteira e capturar a região do território russo.
A Rússia afirmou nesta quinta-feira (13) que está "pronta" para discutir com representantes dos Estados Unidos uma proposta de cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia, aceita pelos ucranianos nesta semana. Ao mesmo tempo, o governo russo reiterou suas exigências para chegar a um acordo.
O acordo entre EUA e Ucrânia foi anunciado após uma reunião entre autoridades diplomáticas dos dois países na Arábia Saudita nesta semana. Agora, o governo dos EUA leva as conversas para os russos. A proposta de cessar-fogo ainda precisa ser aprovada pela Rússia e formalmente assinada pelas partes envolvidas no conflito.
Durante a reunião na Arábia Saudita, os EUA anunciaram que retomarão o compartilhamento de informações de inteligência e assistência de segurança à Ucrânia. Além disso, os dois países concordaram em concluir o mais rápido possível um acordo para a exploração dos recursos minerais ucranianos.