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porto velho, sábado 19 de abril de 2025
MUNDO: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar nesta quinta-feira, 17, o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell. Em publicação na rede social Truth Social, o republicano disse que Powell está "sempre muito atrasado e errado" em relação à condução da política de juros no país.
Trump citou o Banco Central Europeu (BCE), cuja decisão sobre os juros foi divulgada na manhã desta quinta, apontando que as expectativas eram de novo relaxamento monetário pela autoridade europeia, enquanto o BC americano mantém postura cautelosa.
"Espera-se que o Banco Central Europeu (BCE) corte suas taxas de juros pela sétima vez, e, no entanto, o 'atrasado' do Jerome Powell, do Fed, que sempre chega 'TARDE DEMAIS E ERRADO', divulgou ontem um relatório que foi mais uma típica 'bagunça' completa!", escreveu Trump.
O presidente ainda reclamou do tempo que falta para que o mandato de Powell à frente do Fed seja concluído, dizendo que esse momento "não chega rápido o suficiente". O mandato de Powell à frente do Fed deve terminar em maio de 2026. A instituição é independente e seu presidente não pode ser demitido sem justa causa por Trump.
"Os preços do petróleo caíram, os (preços dos) alimentos (até os ovos!) caíram, e os EUA estão ficando RICO EM TARIFAS. O atrasado deveria ter reduzido as taxas de juros, como o BCE, há muito tempo, mas certamente deveria reduzi-las agora. O fim do mandato de Powell não chega rápido o suficiente!", finalizou o republicano.
Na terça-feira, 16, Jerome Powell afirmou que as tarifas de Trump têm grande probabilidade de gerar ao menos um aumento temporário da inflação e que elas podem tornar os efeitos inflacionários mais persistentes.
"O nível dos aumentos tarifários anunciados até agora é significativamente maior do que o previsto. O mesmo provavelmente se aplicará aos efeitos econômicos, que incluirão inflação mais alta e crescimento mais lento", disse ao citar uma queda relevante da inflação, apesar de ainda se manter acima da meta do Banco Central dos EUA de 2%.
Powell afirmou que o BC dos Estados Unidos tomará as decisões de política monetária baseada nos "melhores dados" e que os dirigentes não serão pressionados por questões políticas. "A independência do Fed é uma questão da lei e deve ser respeitada", destacou.