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    porto velho, terça-feira 13 de maio de 2025

EUA e China chegam em acordo para reduzir tarifas por 90 dias, afirma comunicado

As ações dispararam e o dólar se recuperou com a notícia, diz agência


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Publicada em: 12/05/2025 10:19:43 - Atualizado


MUNDO: Os Estados Unidos e a China fecharam um acordo para reduzir temporariamente as tarifas recíprocas por 90 dias, afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, nesta segunda (12). Os dois países ainda buscam encerrar em definitivo a guerra comercial que alimentou temores de recessão e deixou os mercados financeiros apreensivos.

Bessent disse que os dois lados concordaram com uma pausa de 90 dias nas medidas impostas durante a disputa tarifária, após encontro entre representante de ambas as potências neste domingo (11), em Genebra (Suíça), para discurtir o assunto. Com isso, as taxas caíram em mais de 100 pontos percentuais, para uma taxa básica de 10%, informa a agência Reuters.

O dólar se valorizou frente às principais moedas, e os mercados apresentaram recuperação após a notícia. O anúncio amenizou os temores de uma desaceleração econômica, provocada no mês anterior pela intensificação das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em sua tentativa de reduzir o déficit comercial do país.

O secretário americano disse que o consenso de ambas as delegações é de que nenhum dos lados quer cortar as relações comerciais. "E o que ocorreu com essas tarifas altíssimas... foi o equivalente a um embargo, e nenhum dos lados quer isso. Nós queremos comércio", afirma Bessent.

Tarifaço de Trump

O dólar voltou a subir após o anúncio do acordo entre EUA e China
Reprodução
O dólar voltou a subir após o anúncio do acordo entre EUA e China

As reuniões em Genebra foram as primeiras interações presenciais entre o alto escalão econômico dos EUA e o da China desde que Trump voltou ao poder. O americano lançou uma ofensiva tarifária global no início de abril, gerando uma guerra tarifária com a China de taxas cada vez maiores.

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Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump aumentou as tarifas pagas por importadores dos EUA por produtos da China para 145%, além daquelas que ele impôs a muitos produtos chineses durante seu primeiro mandato e as taxas cobradas pelo governo Biden.

A China reagiu impondo restrições à exportação de alguns elementos de terras raras, vitais para os fabricantes norte-americanos de armas e bens de consumo eletrônicos, e aumentando as tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%.

Dólar volta a subir

A disputa tarifária paralisou quase US$ 600 bilhões em comércio bilateral, interrompendo as cadeias de suprimentos, gerando temores de estagflação e desencadeando algumas demissões, segundo a Reuters.

Com o anúncio do acordo de 90 dias, os mercados financeiros americanos subiram na bolsa de valores de Wall Street, com base na esperança de que uma recessão global possa ser evitada.

A agência internacional Reuters aponta que o ouro, considerado um refúgio seguro para ativos financeiros, caiu 3% após a notícia do acordo, atingindo a mínima de maio. Enquanto isso, os índices futuros de ações dos EUA subiram, como o da Nasdaq (3,31%).

Ações de chips como Advanced Micro Devices e Marvell Technology subiram 4,9% e 7,5%, respectivamente. O índice de volatilidade da CBOE, conhecido como o medidor de medo de Wall Street, caiu brevemente abaixo de 20 pontos pela primeira vez desde o final de março. A última vez foi em 20,37 pontos.


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