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    porto velho, sábado 20 de dezembro de 2025

Rede social X, de Elon Musk, diz que não ajudará com investigação sobre dados

Autoridades francesas investigam empresa por suspeita de viés algorítmico e extração fraudulenta de informações


cnn

Publicada em: 22/07/2025 10:29:18 - Atualizado


MUNDO: Na segunda-feira (21), a rede social X, de Elon Musk, acusou promotores franceses de iniciar uma “investigação criminal com motivação política” que ameaça a liberdade de expressão de seus usuários, negando todas as acusações contra ela e afirmando que não cooperaria com a investigação.

No início deste mês, promotores de Paris intensificaram uma investigação preliminar sobre a plataforma de mídia social por suspeita de viés algorítmico e extração fraudulenta de dados.

A polícia agora pode realizar buscas, grampos e vigilância contra executivos de Musk e da empresa, ou convocá-los para depor. Caso não cumpram, um juiz poderá emitir um mandado de prisão.

“Com base no que sabemos até o momento, a X acredita que esta investigação está distorcendo a lei francesa para atender a uma agenda política e, em última análise, restringir a liberdade de expressão”, publicou a X em sua conta no Global Government Affairs.

Como resultado, a X afirmou ter recusado o pedido do Ministério Público de Paris para “acesso ao algoritmo de recomendação e aos dados em tempo real da X... como temos o direito legal de fazer”.

A promotoria de Paris não respondeu às acusações de parcialidade política, mas confirmou ter enviado um pedido judicial à X em 19 de julho, solicitando acesso exclusivo ao seu algoritmo.

A empresa afirmou ter oferecido um canal seguro para compartilhar as informações com os investigadores, que teriam acesso confidencial aos dados, mas ainda não havia recebido uma resposta oficial da empresa.

O descumprimento de um pedido judicial pode variar de multa a acusações de obstrução da justiça.

Musk, ex-aliado do presidente dos EUA, Donald Trump, acusou governos europeus de atacar a liberdade de expressão e manifestou apoio a alguns dos partidos de ultradireita da região.

A investigação francesa pode aprofundar a divergência entre Washington e capitais europeias sobre o tipo de discurso permitido online, com autoridades americanas de alto escalão alegando censura a vozes de direita em todo o mundo.

A Comissão Europeia investiga a rede social por violar regras de transparência digital contra conteúdo ilegal, conhecidas como Lei de Serviços Digitais, desde o final de 2023.

A empresa criticou o fato de a investigação ser conduzida sob acusações de crime organizado, o que poderia permitir que a polícia grampeasse os dispositivos pessoais de seus funcionários.

Os supostos crimes podem ter penas máximas de até 10 anos, informou a promotoria de Paris.


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