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porto velho, domingo 24 de agosto de 2025
MUNDO: A tensão entre Estados Unidos e Venezuela teve uma escalada durante esta semana após o governo americano enviar navios para a região costeira venezuelana, em uma operação que visa combater cartéis de drogas latino-americanos. Em resposta, o ditador venezuelano Nicolás Maduro ordenou que milicianos se apresentem em quartéis a partir deste sábado (23), elevando o nível de confronto entre os dois países.
A milícia bolivariana venezuelana foi criada por Hugo Chávez no final da primeira década dos anos 2000, funcionando como uma força paramilitar. O grupo foi idealizado para ser convocado em momentos de crise, sendo composto majoritariamente por aposentados e idosos, com poucos jovens em suas fileiras.
Embora Maduro afirme ter capacidade de mobilizar 4,5 milhões de milicianos, especialistas contestam esse número. Considerando que a população atual da Venezuela é de aproximadamente 21 milhões de pessoas, após a saída de cerca de 8 milhões do país, o número apresentado por Maduro representaria 21% da população venezuelana atual.
Estimativas mais realistas apontam que a força paramilitar conta com cerca de 100 mil pessoas. O contingente é descrito como mal preparado e recebe baixos salários, tendo sua capacidade de mobilização bastante limitada em caso de confronto. A retórica de Maduro sobre o poder da milícia é vista principalmente como um discurso defensivo frente às movimentações americanas.