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porto velho, sábado 21 de dezembro de 2024
A vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, disse na manhã desta terça-feira (27), em Miami, que a "tragédia da diáspora venezuelana" deve ser compartilhada "por todos os países do hemisfério".
Ramírez está nos EUA buscando fundos para a tarefa de acolher os já mais de 1 milhão de venezuelanos que cruzaram a fronteira e estão em território colombiano. Também, para expor uma ideia já várias vezes repetida pelo presidente Iván Duque, que é a de compartilhar os refugiados por outros países da região."Se não cuidarmos dessa tragédia humanitária que vem da Venezuela, ela se transformará numa tragédia regional", disse, num debate com o jornalista e analista argentino Andrés Oppenheimer.
Acrescentou que seu país não propõe "deixar de lado a generosidade" com que vem tratando os vizinhos, mas que, neste momento, não vê a discussão necessária de "estratégias regionais" para combater o problema.
Ramírez disse ainda que os fundos até agora destinados pelo governo colombiano estão sendo insuficientes e pediu a ajuda de organismos internacionais para que contribuam para que a Colômbia arrecade verba ou que se crie o já mencionado fundo para refugiados que havia sido sugerido em reuniões ministeriais do G20 -este seria gerido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
A vice-presidente diz considerar os países que não estejam ajudando ou "condescendentes ou cúmplices" da ditadura de Nicolás Maduro. E que as reuniões técnicas têm se repetido em fóruns internacionais, porém, enquanto isso, "alguém tem de dar aos refugiados o que comer todos os dias". Mas avisou: "às vezes uma pessoa se atira ao mar para ajudar uma que está se afogando e ambas afundam. Não queremos que a Colômbia seja essa pessoa".
Ela defendeu que os outros países da região abram mais suas portas e facilitem a documentação dos venezuelanos recém-chegados e que evitem que caiam no mercado informal de seus países.
Segundo a ONU, existem três milhões de venezuelanos fora do país, fugindo da crise econômica, política e social -2,4 milhões deles estão em países latino-americanos.