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Número de mortos em protestos no Chile sobe para 18

Nas últimas 24 horas foram registrados 169 atos de violência no país


Notícias ao Minuto

Publicada em: 23/10/2019 15:44:33 - Atualizado


Pelo menos 18 pessoas morreram nos protestos que abalam o Chile há seis dias, segundo um novo balanço anunciado hoje o subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla. Uma criança e um adulto morreram na sequência de um atropelamento no sul do país e uma outra pessoa num bairro da capital, elevando assim o número de mortos de 15 para 18.

 Nas últimas 24 horas foram registrados 169 atos de violência no país, explicou Ubilla, nos quais 979 pessoas foram detidas.

Do total de detenções na terça-feira, 592 ocorreram durante o período de recolher obrigatório, que se reproduziu em muitas áreas do sul do país.

"Quero destacar aqui que houve uma capacidade mais eficaz das forças policiais e de segurança em termos de evitar estas pilhagens e incêndios", afirmou o subsecretário do Interior.

Embora a autoridade tenha reconhecido que a violência diminuiu em relação ao dia anterior, as manifestações foram replicadas novamente em todo o país na terça-feira e o mesmo deve acontecer hoje, por ocasião da convocação de uma greve geral.

Nesse sentido, Ubilla observou que houve 54 marchas de protesto em todo o Chile no último dia em que cerca de 220.000 pessoas participaram.

Rodrigo Ubilla afirmou ainda que 95 militares e polícias e 102 civis ficaram feridos nos confrontos entre manifestantes e forças do Estado.

Já o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) aponta no seu último balanço, divulgado hoje, para 269 feridos, 137 por arma de fogo, nos protestos.

Este organismo contabilizou desde a passada quinta-feira 1.894 detenções.

Do total de 18 mortos, entre os quais estão dois cidadãos colombianos, um equatoriano e um peruano, o INDH contabilizou cinco casos ocorridos devido à intervenção de agentes do Estado.

Além disso, constaram relatos de tortura e abuso de agentes das forças do Estado durante os protestos nos últimos cinco dias

As manifestações acontecem desde sexta-feira em protesto contra um aumento (entre 800 e 830 pesos) do preço dos bilhetes de metro em Santiago, que possui a rede mais longa (140 quilômetros) e mais moderna da América do Sul, e que transporta diariamente cerca de três milhões de passageiros.


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