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porto velho, quinta-feira 26 de dezembro de 2024
Sindicatos, grupos de estudantes, indígenas e ambientalistas colombianos planejam uma greve nesta quinta (21), com marchas na capital e em outras cidades para rechaçar medidas como uma reforma trabalhista e outra previdenciária que estão sendo propostas pelo governo do presidente, Iván Duque.
Os manifestantes insistem que o governo, que enfrenta uma crise de popularidade, mantenha salários mínimos para os jovens e o direito universal à aposentadoria. Há também críticas à política de segurança focada na luta contra o narcotráfico e à tentativa de Duque de modificar o pacto de paz que levou ao desarmamento da antiga guerrilha das Farc em 2016.
Em Bogotá, os manifestantes devem se reunir em sete pontos da cidade para marcharem até a praça Bolívar, sede do Congresso e a uma quadra do palácio presidencial.
O presidente negou repetidamente que planeje propor leis de reforma previdenciária e tributária que contenham as mudanças alegadas pelos manifestantes. Ele disse que rejeitou imediatamente a ideia de reduzir os salários dos jovens quando um think tank o propôs.
"Nenhuma reforma foi proposta", disse Duque durante uma rara transmissão ao vivo pelo Facebook nesta semana, acrescentando que ele não quer aumentar a idade da aposentadoria. "Foi dito que queremos pagar aos jovens menos que o salário mínimo. Isso também é mentira."
Outros grupos de manifestantes devem participar para protestar contra o que eles dizem ser falta de ação do governo para impedir o assassinato de centenas de ativistas de direitos humanos, corrupção nas universidades e outras questões.
Os partidários da marcha, que incluem sindicatos importantes, alegam que o governo de Duque também quer tornar privado o fundo de pensão estatal Colpensiones e diferenciar salários por região.
Em um momento de tumulto generalizado em outros países da América Latina, a polícia invadiu nesta semana uma revista de cultura antes do protesto, ao passo em que o presidente da Colômbia, Ivan Duque, advertia que seu governo não toleraria violência.
Na noite de terça (19), a polícia entrou na redação da revista Cartel Urbano e revirou obras de arte. Funcionários da publicação postaram vídeos nas redes sociais mostrando a ação.
Em função dos protestos, o governo fechou fronteiras terrestres e fluviais em 12 postos de controle migratório nas fronteiras com Brasil, Equador, Peru e Venezuela, afirmou a jornalistas o diretor da Migración Colombia, Christian Krüger.
"Esta é uma medida que pretende evitar que estrangeiros ingressem no território nacional com a intenção de alterar a ordem pública e a segurança", acrescentou Krüger.