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    porto velho, domingo 12 de maio de 2024

Número de casos de covid-19 voltam a subir na Europa pela 1ª vez em 10 semanas

Segundo especialistas da OMS, nova onda pode ser impulsionada por novas variantes, déficit na vacinação e crescente contato social


R7

Publicada em: 01/07/2021 13:36:58 - Atualizado


MUNDO - O número de novos casos de covid-19 subiu novamente na Europa nos últimos sete dias em 10%, o que representa o primeiro aumento em dez semanas, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.

Os especialistas da OMS também advertiram que agora existem três condições para uma nova onda no médio prazo: novas variantes, déficit na vacinação e crescente contato social.

    "Haverá uma nova onda na Europa, a menos que sejamos disciplinados, ainda mais quando houver menos regras, e todos sejamos vacinados sem hesitação quando for nossa vez", disse o chefe da OMS na Europa, Hans Kluge, em uma coletiva de imprensa.

    "Isso está acontecendo no contexto de uma situação em rápida evolução, com uma nova variante preocupante (Delta), e em uma região onde, apesar dos enormes esforços dos países, milhões (de pessoas) permanecem não vacinadas", acrescentou Kluge.

    O chefe da OMS na Europa lembrou ainda que as estimativas sugerem que esta variante será a dominante no continente em agosto e pediu a manutenção de precauções individuais, bem como medidas de saúde para evitar uma nova onda no outono.

    Por sua vez, a chefe do Serviço de Emergências da OMS na Europa, Catherine Smallwood, afirmou que a região está diante de "uma janela de oportunidade", pois em muitos países o contágio continua em níveis baixos, embora em outros haja recordes de internações e óbitos.

    "As medidas sociais não devem ser relaxadas em um contexto de contágio crescente. Mas, se for feito, as medidas sanitárias devem ser reforçadas", disse Smallwood, que ainda fez um apelo por mais testes, mais rastreamento e "vacinas, vacinas, vacinas".

    A cobertura média vacinal com duas doses na Europa é de 24%, e metade da população idosa e 40% do pessoal de saúde permanecem desprotegidos, segundo destacou a OMS.

    "Com esses números, a pandemia não acabou de forma alguma. E seria um erro para qualquer pessoa, cidadãos e políticos, presumir que ela acabou", alertou Kluge.

    Por fim, o chefe da OMS na Europa enfatizou que a evolução da pandemia nas próximas semanas e meses, e se haverá uma nova onda ou se as escolas podem ser abertas, vai depender "das decisões e ações que nós, como indivíduos, comunidades e governos, tomarmos."


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