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    porto velho, sábado 18 de janeiro de 2025

Simone Biles diz ainda não estar bem e evita definir futuro: "Saúde importa mais que medalha"

A ginasta americana prefere não cravar qualquer resposta definitiva. As Olimpíadas de Paris, porém, parecem algo distante.


g1

Publicada em: 03/08/2021 10:20:07 - Atualizado

Simone Biles ainda não está bem. O sorriso no rosto, a medalha no peito, as respostas sinceras a perguntas de jornalistas do mundo inteiro. A maior ginasta da história, que conquistou um bronze na trave depois de desistir de outras quatro finais nas Olimpíadas de Tóquio, porém, afirma que ainda há um longo caminho até se recuperar. A americana afirma que ainda tenta entender como e por que corpo e mente perderam a sincronia.

- Eu não sei como eu estou me sentindo agora. Eu só preciso voltar para casa e trabalhar em mim mesma, me sentir ok com tudo o que está acontecendo, processar tudo enquanto estou aqui. Foi a parte mais difícil disso tudo. Eu estava ok por perder as finais porque sabia que, fisicamente, eu não poderia fazer isso. Mas eu precisava entender por que o meu corpo e minha mente não estavam em sincronia. O que aconteceu? Eu estava muito cansada? Por que os cabos não conectavam? Eu treinei a minha vida toda, eu estava pronta, mas algo aconteceu fora do meu controle. Mas, no fim do dia, a minha saúde importa mais do que qualquer medalha.

Simone sofre com “twisties”, uma condição de estresse tão grande que leva à perda de controle do corpo e da noção de espaço. Isso, segundo ela, ainda não mudou. Continuou durante toda a semana, quando, da arquibancada, viu ginastas do mundo inteiro competirem por algo que ela não conseguiu até esta terça-feira.

- Isso tudo continua. Toda vez que eu vejo os meninos e as meninas ali, competindo, eu não ainda não consigo entender como eles fazem.

O caminho ainda é incerto. Simone não sabe o que fará nos próximos meses. Muito menos nos próximos anos. A ginasta americana prefere não cravar qualquer resposta definitiva. As Olimpíadas de Paris, porém, parecem algo distante.

- Eu acho que ainda estou tentando processar tudo o que aconteceu nessas Olimpíadas. Então, Paris não está na minha cabeça agora. Porque eu ainda tenho muita coisa que eu preciso trabalhar comigo mesma antes.


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