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porto velho, sábado 18 de janeiro de 2025
MUNDO: A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) autorizou na noite de quinta-feira (12) a aplicação de uma terceira dose das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna em pessoas imunossuprimidas e que receberam transplantes de órgãos.
A FDA fez questão de destacar que "outras pessoas que estão totalmente vacinadas estão adequadamente protegidas e não precisam de uma dose adicional da vacina contra a Covid-19 neste momento".
"Após uma revisão exaustiva dos dados disponíveis, a FDA determinou que este pequeno e vulnerável grupo pode se beneficiar de uma terceira dose das vacinas da Pfizer/BioNTech ou da Moderna", informou Janet Woodcock, que comanda a agência atualmente.
"O país entrou em uma nova onda da pandemia da Covid-19, e a FDA tem conhecimento de que pessoas imunocomprometidas correm maior risco de sofrerem infecções severas", afirmou Woodcock, ressaltando que este grupo "precisa de proteção extra contra a Covid-19".
Países como Israel e Chile, que têm campanhas de vacinações bastante avançadas, já estão aplicando uma terceira dose na população mais vulnerável.
Israel, que já administrou a dose extra em imunossuprimidos, está reforçando a imunização em pessoas com 50 anos ou mais. O "garoto propaganda" da medida foi o presidente israelense, Isaac Herzog, que recebeu a vacina da Pfizer.
No Chile, adultos com mais de 55 anos podem tomar a terceira dose desde quarta-feira (11). O reforço está disponível apenas para quem foi vacinado antes de 31 de março com as duas doses da CoronaVac.
Mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) é contra a medida e pediu a interrupção da aplicação de doses de reforço, defendendo que o foco mundial deveria ser acelerar a vacinação nos países pobres.
As duas vacinas são aplicadas em duas doses, com regimes diferentes: a da Pfizer é administrada com três semanas de intervalo e a da Moderna, com um mês. A da Pfizer tem uso emergencial autorizado em pessoas a partir de 12 anos nos EUA, e a da Moderna, para quem tem 18 anos ou mais.
A recomendação da FDA é que a terceira dose seja aplicada ao menos 28 dias após o esquema vacinal tradicional. Ela é válida para pessoas que receberam órgãos transplantados ou foram diagnosticadas com doenças que reduzam a resposta do sistema imunológico.
A agência americana diz que pessoas imunocomprometidas "têm uma capacidade reduzida de combater infecções e outras doenças e são especialmente vulneráveis a infecções, incluindo a Covid-19", e que a terceira dose "pode aumentar a proteção nessa população".
A Covid-19 já matou mais de 4,3 milhões de pessoas e infectou mais de 205 milhões em todo o mundo. Terceiro país mais populoso do mundo, com 331 milhões de habitantes, os EUA são o país com mais óbitos (619 mil) e casos confirmados da doença (36,3 milhões).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou estudos de terceira dose de duas vacinas no país: Pfizer e AstraZeneca. A agência esclareceu em julho que "ainda não há estudos conclusivos sobre a necessidade" de mais uma aplicação dos imunizantes disponíveis no Brasil.
Sobre os estudos de terceira dose no Brasil: