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porto velho, domingo 19 de janeiro de 2025
Após 11 dias do naufrágio de uma canoa no Oceano Atlântico, na costa da Guiana Francesa, ainda são pelo menos 19 brasileiros desaparecidos, de acordo com relatos de sobreviventes à polícia francesa que, até o momento, resgatou 4 tripulantes e 1 corpo ainda não identificado em alto mar.
A embarcação partiu de Oiapoque, no extremo Norte do Amapá, com destino ao departamento francês. Todos viajaram em busca de trabalho e melhores condições de vida, mas, desde o naufrágio, segue o drama de familiares em busca de respostas.
Parentes reclamam de falta de informações que ajudem a localizá-las. Ainda não há uma lista oficial de mortos ou desaparecidos da viagem.
Carlos Adriano Almeida, de 22 anos, viajava com a esposa Karine Oliveira Soares, de 18 anos. Na embarcação também estavam a mãe dela, Geane Oliveira, de 43 anos, e a irmã dela, Géssica Oliveira Soares, de 22 anos. A família diz que eles saíram em julho do Maranhão com a intenção de trabalhar num garimpo na região de fronteira.
"Eu estou desesperada, quero notícias do meu filho. Eu não quero que o pior tenha acontecido, mas faço um apelo para que nos informem o que aconteceu. Ele fez essa viagem contra a minha vontade. Eu nunca quis que meu filho fosse pra esse lugar distante, perigoso. [...] Tem muitas fake news. Isso vai acabando com a gente, a falta de notícias. Eu peço ajuda para ter uma solução, uma resposta sobre eles", falou a mãe de Adriano, Jonilde Almeida, de 43 anos.