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Agência dos Estados Unidos diz que reforço da Pfizer pode não ser necessário

Comissão externa da FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos) analisa na sexta-feira aplicação de terceira dose


R7

Publicada em: 15/09/2021 15:41:39 - Atualizado


MUNDO - Técnicos da FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos), órgão regulador equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nos Estados Unidos, afirmaram nesta quarta-feira (15) que pode não ser necessário aplicar um reforço em todos indivíduos que receberam a vacina anticovid da Pfizer/BioNTech.

A discussão surge no momento em que a OMS (Organização Mundial da Saúde) pede para que países ricos e com excesso de vacinas, como é o caso dos Estados Unidos, colaborem para a imunização de nações pobres em detrimento de uma terceira dose.

A agência admite que uma terceira dose em quem já recebeu duas injeções do mesmo imunizante anteriormente atendeu às condições pré-especificadas que o regulador estabeleceu para mostrar que a injeção estava gerando uma resposta imunológica.

Mas a FDA não foi conclusiva em relação à necessidade de uma terceira dose ampla para todos os que tomaram Pfizer/BioNTech.

"Alguns estudos observacionais sugeriram um declínio da eficácia da Comirnaty [nome comercial da vacina] ao longo do tempo contra a infecção sintomática ou contra a variante Delta, enquanto outros não. No entanto, em geral, os dados indicam que as vacinas covid-19 atualmente licenciadas ou autorizadas pelos EUA ainda oferecem proteção contra covid-19 grave e morte nos Estados Unidos", disseram membros da FDA em nota.

    Caberá a um comitê externo de especialistas, na sexta-feira (17), analisar e votar sobre a recomendação de uma terceira dose, e para quais grupos.

    A Pfizer afirmou que os testes clínicos de fase 3 da vacina apontam uma queda de cerca de 6% do nível de anticorpos conferidos pelo produto a cada dois meses.

    A farmacêutica também acrescentou que a parcela maior de indivíduos com covid-19 estava entre os que haviam tomado as injeções mais cedo.

    Segundo a Pfizer, em um ensaio clínico com cerca de 300 participantes, a terceira dose gerou uma resposta imunológica melhor do que a segunda.

    A empresa também apontou para dados do programa de reforço recentemente iniciado em Israel para mostrar que uma terceira dose restaura altos níveis de proteção contra o vírus.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionou por doses adicionais em face do aumento de hospitalizações e mortes causadas pela variante Delta, altamente contagiosa, e estabeleceu a data de 20 de setembro para começar a administrar 100 milhões de injeções de reforço no país.

    Algumas autoridades americanas esperam que os reforços possam prevenir casos leves e reduzir a transmissão do vírus, bem como reduzir infecções graves, o que poderia acelerar a recuperação econômica.




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