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porto velho, domingo 19 de janeiro de 2025
O almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, disse nesta quinta (23) em Brasília que tornar-se um parceiro da Otan é uma decisão do Brasil.
“O Brasil tem sido um aliado há anos. E o sucesso que alcançamos juntos na II Guerra Mundial exemplifica a importância dessa aliança. A designação de aliado extra-Otan foi importante para capturar essa aliança por escrito. E o que isso fez para o Brasil foi abrir portas para mais cooperação em defesa com os Estados Unidos”, disse o comandante, em coletiva de imprensa nesta manhã.
Como parte de seu trabalho, o almirante faz várias visitas aos países das Américas, e esta será a última – ele se aposenta em outubro, após 38 anos de serviço na Marinha. Ele sera substituído pela general Laura Richardson, do Exército americano.
O Brasil recebeu o status de aliado-extra Otan em julho de 2019, por decisão do então presidente Donald Trump. Essa designação é conferida pelo governo americano, e não pela aliança. Esse status permite acesso a empréstimos de equipamentos, acordos para treinamentos bilaterais e multilaterais e participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento, e a empresas brasileiras o direito de competir em licitações para conserto e manutenção de equipamentos americanos fora dos Estados Unidos.
Nas Américas, apenas Argentina e Brasil tem o status de aliado-extra Otan. Fora da região, outros 15 países tem a distinção, entre eles Austrália, Coreia do Sul, Egito, Israel e Japão.