Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 20 de janeiro de 2025
Maradona não deixa de gerar polêmica nem depois de morto e enterrado. Vítima de parada cardiorrespiratória e edema agudo de pulmão em novembro de 2020, o maior ídolo do futebol argentino é acusado postumamente de crime sexual contra Mavys Álvavez, uma cubana com quem o craque teve um romance quando ela tinha 16 anos, entre 2000 e 2001.
Os dois se conheceram na época em que o jogador tratava sua dependência de drogas em Havana. Agora, após a morte dele, a mulher surgiu na mídia para dizer que viveu uma relação abusiva. Seus advogados argumentam que a então adolescente foi tratada como escrava sexual, apanhava, era obrigada a usar cocaína, se submeteu a uma cirurgia plástica nos seios contra sua vontade e teria sido mantida em cárcere privado durante uma viagem à Argentina.
Mavys diz ter sido desprezada pelo jogador ao se recusar a participar de orgias com outras mulheres. Afirma sofrer até hoje traumas emocionais causados pelo affair tumultuado. A história tem sido explorada diariamente em programas da televisão argentina. Alguns fazem cobertura estritamente jornalística, outros recorrem ao sensacionalismo para gerar mais audiência.
No ‘Intratables’, do canal America, um debate teve discussões acaloradas. O jornalista Diego Brancatelli questionou a razão de Mavys fazer a denúncia à Justiça somente agora, duas décadas depois. “Ela tinha medo de Fidel Castro e do próprio Maradona. Esperou os dois morrerem para falar”, explicou o advogado que a representa, Gastón Marano. Ditador de Cuba, Fidel era defensor ferrenho do ídolo da bola e o hospedou várias vezes em seu palácio.