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Ataque em mesquita deixa vários feridos e ao menos 32 mortos no Afeganistão

Explosões ocorreram em templo xiita na cidade de Kandahar, sul do país; 53 pessoas ficaram feridas


afp

Publicada em: 15/10/2021 09:09:40 - Atualizado

MUNDO: Ao menos 32 pessoas morreram e 53 ficaram feridas nas explosões que atingiram uma mesquita xiita na cidade de Kandahar, sul do Afeganistão, nesta sexta-feira (15), informou à AFP uma fonte médica. O balanço anterior era de 16 mortos e 32 feridos.

A origem da explosão, que ocorreu uma semana após um atentado suicida na cidade de Kunduz, no norte do país, que foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI), não é conhecida por enquanto.

Uma testemunha disse à AFP que ouviu três explosões, uma na porta principal da mesquita, outra no área sul e a terceira no local onde se lavam os fiéis.

Outra testemunha também observou que três explosões sacudiram a mesquita no centro da cidade durante a oração do meio-dia na sexta-feira, dia de descanso durante a semana para os muçulmanos, quando muitas pessoas se reúnem para orar.

O porta-voz do Ministério do Interior, Qari Sayed Khosti, publicou no Twitter: "estamos tristes ao saber que houve uma explosão em uma mesquita da irmandade xiita no primeiro distrito da cidade de Kandahar, na qual vários de nossos compatriotas foram martirizados. E feridos".

"Forças especiais do Emirado Islâmico (nome do Talibã para o Afeganistão) chegaram à área para determinar a natureza do incidente e levar os responsáveis ​​à justiça", acrescentou.

Muitos fiéis


De acordo com um jornalista da AFP, a mesquita estava lotada de pessoas quando as explosões ocorreram e pelo menos 15 ambulâncias foram para o local.

Imagens divulgadas nas redes sociais, cuja autenticidade não pôde ser verificada imediatamente, mostravam corpos caídos no chão da mesquita de Fatemieh.

Na sexta-feira, o Estado Islâmico-Khorasan (IS-K) assumiu a responsabilidade por um ataque a uma mesquita xiita em Kunduz que deixou pelo menos 60 mortos. Foi o ataque mais mortal desde que as tropas americanas deixaram o país em 30 de agosto.

IS-K é um rival do movimento islâmico do Talibã, embora ambos sejam sunitas.

O Talibã, que tem sua própria história de perseguição aos xiitas, voltou ao poder no Afeganistão em 15 de agosto e, desde então, fez da segurança sua prioridade, após vinte anos de guerra.

Os xiitas representam cerca de 10% da população afegã. Muitos deles são hazaras, etnia perseguida há décadas no país.



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