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    porto velho, terça-feira 7 de maio de 2024

China lança com sucesso missão espacial que ficará seis meses em órbita com três astronautas a bordo

Tripulação de 3 astronautas vai fazer experimentos e caminhadas espaciais no módulo de estação que está em órbita desde abril


R7

Publicada em: 15/10/2021 13:41:25 - Atualizado


MUNDO - A mais longa missão tripulada da história do programa espacial da China começou com um lançamento bem-sucedido no início da tarde desta sexta-feira (15, início da madrugada de sábado no horário local). O foguete Longa Marcha 2F que carregava a nave Shenzhou-13 com três astronautas a bordo partiu da base de Jiuquan, no deserto de Góbi, no noroeste do país.

Os membros da tripulação vão passar seis meses no módulo da estação espacial chinesa Tiangong que está em órbita desde o final de abril. Esta é a quinta missão do programa a ser realizada apenas em 2021.

A tripulação, formada por Zhai Zhigang (55 anos), o primeiro chinês a fazer uma saída extraveicular, em 2008; Wang Yaping (41 anos), a segunda chinesa a viajar ao espaço, em 2013; e Ye Guangfu (41 anos), em seu primeiro voo espacial, vai conduzir diversos experimentos, fazer caminhadas espaciais e instalar equipamentos na estação.

Corrida espacial

O programa espacial chinês avançou de forma agressiva o seu cronograma de missões em 2021. O primeiro módulo da estação, chamado Tianhe ("Harmonia celestial"), foi colocado em órbita em uma missão que partiu em 29 de abril.

Desde então, outras três missões foram realizadas, em maio, junho e setembro. Na decolagem em maio, três astronautas foram para a estação, onde passaram 90 dias, a missão mais tripulada mais longa até a desta sexta.

A Agência Espacial Chinesa (CMSA, na sigla em inglês), anunciou que os tripulantes farão de duas a três "missões extraveiculares". Com isso, Wang Yaping deve se tornar a primeira mulher chinesa a caminhar no espaço.

Wang, que esteve no espaço em junho de 2013 como tripulante da missão Shenzhou-10, chegou a dar uma aula para uma audiência calculada em cerca de 60 milhões de crianças chinesas. Na missão que se inicia nesta sexta-feira, ela deverá dar mais uma aula para alunos de todo o país.

Com a quinta missão este ano, a China busca reduzir seu atraso em relação a outras potências espaciais, como os EUA, a Rússia e a União Europeia. Para 2022, estão previstas pelo menos outras seis decolagens para seguir no processo de montagem da estação espacial.



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