Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
MUNDO- O Parlamento da China cogita adotar penas de 3 anos de prisão para pessoas que desrespeitarem o hino ou a bandeira nacional em público, e uma lei já existente sobre o hino deve passar a ser aplicada também em Hong Kong, noticiou a mídia estatal nesta terça-feira (31).
O presidente chinês, Xi Jinping, tem apresentado leis que visam proteger o país de ameaças de dentro e de fora de suas fronteiras desde que assumiu o cargo, em 2013, além de comandar uma repressão generalizada à dissidência e à liberdade de expressão.
Na China, o Parlamento funciona, na prática, como uma instituição cerimonial que referenda as decisões do Partido Comunista.
Em setembro o país aprovou uma nova lei ordenando até 15 dias de detenção policial para aqueles que zombarem da "Marcha dos Voluntários", como é chamado o hino nacional. A determinação também cobre os territórios chineses de Hong Kong e Macau, que desfrutam de relativa autonomia.
Agora o Parlamento estuda emendar a lei criminal chinesa para incluir penalidades por desrespeito ao hino, incluindo distorcer intencionalmente a letra ou a melodia, disse a agência de notícias Xinhua.
As penalidades mais duras também seriam aplicadas à profanação da bandeira nacional, incluindo queimá-la, desfigurá-la ou pisoteá-la em público, segundo a reportagem, atualmente puníveis com até 15 dias de detenção.
Um esboço de emenda foi submetido para deliberação em uma sessão bimestral do comitê permanente do Parlamento, que começou na segunda-feira.
"Violadores a este respeito podem enfrentar punições de até três anos de aprisionamento, de acordo com o esboço", informou a agência.
Não ficou claro quando a emenda será aprovada, mas pode ser no final da semana, quando o comitê permanente encerra sua sessão atual.
A Lei do Hino Nacional, que entrou em vigor em 1º de outubro, também será incluída em um anexo da Lei Básica de Hong Kong, ou mini Constituição, acrescentou a Xinhua, embora não esteja claro se isso incluirá as penas de 3 anos de prisão.