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porto velho, quinta-feira 23 de janeiro de 2025
Carfentanil, um opioide de uso veterinário que é utilizado para anestesiar elefantes, foi a substância misturada à cocaína que provocou mais de 20 mortes na semana passada na Argentina, afirma a imprensa local, que teve acesso a relatos de peritos que analisaram a substância.
"O resultado de dois estudos de especialistas independentes chegaram à conclusão de que a substância utilizada para aumentar o cloridrato de cocaína, encontrada em várias amostras apreendidas no contexto dessas ações, é o carfentanil, um opioide extremamente forte cujos efeitos são 10 mil vezes mais fortes, ou mais forte que a heroína ou o fentanil", diz o "Clarín".
O jornal afirma que a substância foi identificada tanto por peritos do laboratório da Promotoria de Munro quanto pelo laboratório da Polícia Científica de Buenos Aires. A informação é corroborada pelo jornal "La Nación".
Inicialmente, a suspeita era de que a droga estivesse adulterada com a mistura de outro opioide, o fentanil.
O carfentanil é tão perigoso que a DEA, a agência americana de combate às drogas, já publicou um comunicado orientando agentes a não manusearem drogas se desconfiarem que contêm essa substância. O manuseio inadequado do carfentanil tem consequências mortais, destaca a agência.
“A dose letal para carfentanil em humanos é desconhecida. No entanto, como observado, ele é aproximadamente 100 vezes mais potente que o fentanil, que pode ser fatal na faixa de 2 miligramas, dependendo da via de administração e de outros fatores”, detalha a DEA.
No total, 24 pessoas morreram ao consumir a cocaína misturada com a substância, e dezenas de outras foram internadas com sintomas graves de insuficiência respiratória.
Além disso, cerca de 200 pessoas compareceram a postos médicos com sintomas graves de intoxicação e centenas de outras fizeram contato com postos de saúde buscando informações sobre o assunto.
O traficante paraguaio Joaquín Aquino, conhecido como “El Paisa”, e apontado como o responsável pela distribuição da cocaína adulterada, foi preso e teve uma ordem de expulsão permanente do país emitida. Outras 12 pessoas, também envolvidas na distribuição e venda da cocaína, foram detidas.